O Instituto Aço Brasil (IABr) reduziu suas estimativas para o ano, depois de uma série de impactos, como os provocados pela greve dos caminhoneiros em maio. A entidade acredita que a produção de aço bruto no Brasil deverá subir 4,3% para 35,8 milhões de toneladas, ante uma estimativa anterior de 8,6%.

Já as vendas internas de aço devem crescer 5% neste ano, para um volume de 17,7 milhões de toneladas. A projeção anterior previa um aumento de 6,6%.

Em relação às exportações, em volume, a estimativa atual é de queda de 0,6%, para 15,3 milhões de toneladas, ante uma previsão anterior de aumento de 10,7%. Em valores, contudo, tendo em vista a valorização do dólar, o aumento deverá ser de 18,3%, sendo que a projeção anterior era de um crescimento de 27,7%.

Para as importações de aço pelo Brasil, a entidade estima que haja um crescimento de 5,3%, para 2,4 milhões de toneladas. A estimativa anterior apontava para uma expansão de 10,1%. Em valores, a projeção aponta para um aumento em 16,4% das importações, também menos do que inicialmente previsto (+27,2%).

Por fim, o consumo aparente (produção adicionada das importações e subtraída das exportações) de aço no Brasil deverá crescer neste ano 4,9%, para 20,1 milhões de toneladas. A projeção anterior era de aumento de 6,9%.

No primeiro semestre deste ano as vendas internas de aço somaram 8,8 milhões de toneladas, aumento de 9,9%. O consumo aparente atingiu 10,1 milhões de toneladas, aumento de 9,3%. Já a produção brasileira de aço chegou em 17,2 milhões de toneladas, expansão de 2,9%. As exportações caíram 5,7% e as importações, por sua vez, cresceram 5,6%. “A base anual é muito baixa, por isso é preciso relativizar esse crescimento”, destaca o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.

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Greve

Segundo a associação, o impacto da greve dos caminhoneiros para a indústria do aço foi de R$ 1,1 bilhão. Ao todo foram abafados 16 alto-fornos, 10 aciarias foram paralisadas e 15 laminações foram paradas.

Mello Lopes considerou ainda a decisão do governo sobre a tabela do frete como equivocada e que gerará ao setor um impacto de R$ 1,8 bilhão. O executivo lembrou que outro efeito negativo para as siderúrgicas foi a redução do Reintegra, com um efeito de R$ 400 milhões. Os efeitos totais, assim, chegam a R$ 3,3 bilhões.


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