A produção brasileira de aço bruto chegou em setembro a 2,6 milhões de toneladas, uma alta de 7,5% frente ao registrado no mesmo mês de 2019. Já a produção de laminados foi de 1,9 milhão de toneladas, número 2,6% inferior ao apresentado em setembro de 2019. A produção de semiacabados para vendas foi de 456 mil toneladas, uma redução de 31,9% em relação ao ocorrido no mesmo mês do ano passado.

As vendas internas cresceram 11,8% frente a setembro de 2019 e atingiram 1,8 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 1,9 milhão de toneladas, 8,2% superior ao apurado no mesmo período de 2019.

As exportações de setembro foram de 756 mil toneladas, ou US$ 379 milhões, o que resultou em queda de 20,9% e 27,4%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2019. Já as importações de setembro de 2020 foram de 142 mil toneladas e US$ 171 milhões, uma redução de 22,9%.

Recuperação do mercado interno

Em setembro, a produção de aço caiu 4,7% na comparação com o mês de agosto devido, fundamentalmente, à retração da produção de semiacabados. As vendas internas apresentaram crescimento expressivo, de 7,1%, em setembro na comparação com o mês anterior, confirmando a rápida e intensa recuperação do mercado interno.

Segundo o IABR, a indústria brasileira do aço, que no período mais agudo da grave crise de demanda em abril passado, quando operou com apenas 42% da sua capacidade instalada e teve que abafar e desligar altos fornos, aciarias e laminações, face à recuperação em “V” do mercado interno, religou seus equipamentos e passou a produzir e a vender para o mercado interno em níveis superiores ao início do ano, em janeiro e fevereiro.

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“As vendas internas de laminados no mês de setembro ficaram 15,5% acima da média das vendas ocorridas em 2018 e 2019. Não procedem, portanto, as especulações de que estaria havendo desabastecimento do mercado interno, devido ao retardamento no religamento dos altos fornos do setor e ao incremento das exportações”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente executivo do Instituto Aço Brasil.

Segundo ele, as exportações, em setembro, ficaram 14,2% abaixo da média realizada em 2019. No tocante ao consumo aparente de produtos siderúrgicos, em setembro, este subiu 8% em relação a agosto, devido preponderantemente ao crescimento das vendas internas, segundo o IABR.


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