Após o lançamento do ChatGPT no fim de 2022, as aplicações de Inteligência Artificial generativa passaram a estar entre as prioridades dos grandes fornecedores de infraestrutura de TI para atrair novos clientes. E uma das empresas que está de olho neste novo mercado é a Dell. Durante encontro com jornalistas em São Paulo nesta quarta-feira (31/1), a empresa compartilhou dados de estudos que mostram que o mercado de aplicações, hardware e serviços voltados para IA generativa deverá crescer a uma taxa composta de 18% nos próximos 4 anos, chegando a um total de US$ 120 bilhões. “Acreditamos que 2024 será o ano em que as aplicações de IA generativa passarão da fases de testes e pilotos para casos de uso práticos nas empresas”, afirmou Diego Puerta. presidente da Dell no Brasil.

Segundo Puerta, os projetos de nuvem da Dell são definidos caso a caso com clientes. A partir de uma análise de custo e benefício, é definida a estratégia de migração. Em muitos casos, a estratégia adotada é de nuvem híbrida, ou seja com algumas aplicações em nuvens públicas – como as oferecidas por AWS, Microsoft e Google – e outras em nuvens privadas – estruturas em que a empresa tem o completo controle da infraestrutura de TI, incluindo data centers . “Não somos inimigos da nuvem e trabalhamos com todos os grandes players deste mercado. Nossa recomendação é apenas de que os clientes não fiquem presos a um fornecedor de nuvem específico em seus projetos”, ressaltou o executivo.

“Na nuvem privada, o nível de customização das aplicações é maior. E também há uma previsibilidade maior na questão dos custos, falando no longo prazo. A nuvem pública tem suas vantagens muito conhecidas, como escalabilidade imediata, praticidade, entre outras. Mas há questões de custos. Quando o consumo de dados cresce, ele aumenta também”, detalhou Puerta durante o encontro.

Joel Brawerman, VP de vendas da Dell para América Latina, citou ainda questões de compliance e segurança como pontos fortes das estruturas de nuvem privada. “O hardware faz a diferença. Então ter segurança dentro do hardware é uma vantagem em determinados casos. Além disso há questões de desempenho e latência. Esses critérios podem pesar a favor de uma solução de borda, com a solução mais próxima do usuário”, explicou.