Vestida com o jaleco que a filha tanto amava, a caseira Maria Alves de Lima não resistiu ao ver que a jovem, filha única que ela tanto lutou para trazer ao mundo, estava morta. “Fiz tratamento por anos para engravidar. Após o parto, tive pressão alta e fiquei na UTI. Mas a luta valeu, pois ela era uma menina querida, filha amorosa e muito dedicada”, disse na quinta-feira, 9.

Rita de Cássia Alves de Lima, de 19 anos, era aluna do terceiro ano do curso de Enfermagem da Universidade Mogi das Cruzes. Noiva de um rapaz que acabou de entrar para a Polícia Militar, ela só pensava em se formar e, assim, conseguir construir uma família.

“Era uma menina exemplar. Estava terminando as aulas para tirar a CNH. Eu ia dar um carro para ela ir para a faculdade, pois tinha medo desses ônibus fretados. Infelizmente, não tive tempo para fazer isso”, disse o pai, Otacilio Pereira de Lima Filho, de 53 anos. A família morava em Barra do Una, bairro de São Sebastião.

Muito abalado com a notícia, ele lembrou que todos os dias ia até a estrada aguardar a filha. “Ela costumava chegar por volta das 23h15. Desta vez, não voltou. Fica a saudade. Não sei o que fazer agora da minha vida.”

Desmaio

A mãe não aguentou a situação e acabou desmaiando na frente do Instituto Médico-Legal (IML) do Guarujá, ao “cair a ficha” de que a filha não voltaria mais com ela para casa. “Preciso ter força, mas não sei como”, disse.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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