A Hypera Pharma registrou lucro líquido das operações continuadas (ajustado) de R$ 504,4 milhões no segundo trimestre de 2023, alta de 10,7% ante o mesmo período do ano passado. O lucro líquido somou R$ 503,9 milhões, avanço de 10,5%.

A companhia somou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das Operações Continuadas de R$ 790,7 milhões, 15,7% superior ao segundo trimestre de 2022. A margem ficou em 35,4%, 0,6 ponto porcentual abaixo na comparação anual. Quando excluída a contribuição de Outras Receitas e Despesas Operacionais Líquidas, o Ebitda das Operações Continuadas apresentou crescimento de 14,6%, chegando a R$ 772,7 milhões.

A Hypera obteve alta de 17,7% na receita líquida entre abril e junho em relação ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 2,231 bilhões. Segundo a companhia, em release financeiro divulgado há pouco, o resultado foi “impulsionado principalmente pelo crescimento do sell-out de importantes Power Brands (marcas com mais de R$ 100 milhões de vendas diretas ao consumidor) e pela contribuição dos produtos lançados nos últimos 2 anos, que representaram 73,8% da receita líquida adicionada no trimestre, com destaque para os lançamentos em ginecologia, ortopedia, gastroenterologia, sistema nervoso central e cardiologia”.

O crescimento do sell-out (vendas diretas ao consumidor) foi de 8,6% no trimestre, ou 4,7 pontos porcentuais (p.p) inferior ao crescimento do mercado. A explicação, segundo a Hypera, é de que o indicador foi afetado pelo forte crescimento ano contra ano registrado no mês de junho de 2022, quando a companhia cresceu 33% sobre o mês de junho de 2021, ou 9,6 p.p acima do crescimento do mercado, beneficiada pelas suas políticas de estoque interno de matéria-prima e de produtos acabados nos clientes que garantiram o abastecimento de seus produtos nas farmácias durante o período de maior indisponibilidade de medicamentos no Brasil.

A companhia encerrou junho com dívida líquida de R$ 7,716 bilhões. A dívida líquida pós Hedge totalizou R$ 7,755 bilhões ante R$ 7,709 bilhões no encerramento do primeiro trimestre. A alavancagem foi de 2,5 vezes o Ebitda das Operações Continuadas, como estipulado no guidance para 2023.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 262,3 milhões no período, ante R$ 210,4 milhões também negativos de um ano antes. Essa variação é resultado do aumento das despesas com juros no período, consequência do maior endividamento bruto por conta da aquisição do portfólio de marcas da Sanofi e do aumento da taxa Selic.