O rapper Gustavo da Hungria Neves, o Hungria, recebeu alta médica do hospital DF Star, em Brasília, onde estava internado desde quinta-feira, 2, por suspeita de intoxicação com metanol.
Conforme o boletim médico da unidade, Hungria apresentou “excelente evolução clínica”. Após deixar o hospital, o artista deverá “seguir cuidados clínicos” e passar por “reavalização médica ambulatorialmente”.
Os exames que permitem a identificação do metanol no corpo do paciente não foram concluídos.
O que Hungria disse após a alta
Em publicação na noite deste domingo, 5, o rapper agradeceu à equipe do DF Star e às manifestações de apoio enviadas pelos fãs durante a internação.
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A crise do metanol
Desde que o Ministério da Saúde passou a tratar as intoxicações por metanol como um surto, 195 casos suspeitos de ingestão da substância foram notificados, sendo 14 casos confirmados e 181 em investigação. São Paulo lidera a estatística, com duas mortes causadas pela intoxicação após o consumo de bebidas alcoólicas.
O ministro Alexandre Padilha classificou o cenário atual como “anormal” e recomendou que a população não consuma bebidas alcoólicas até a regularização da situação. Os casos registrados ocorreram após o consumo de vodka, gin e whisky.
Os órgãos de vigilância sanitária recomendam a bares, empresas e demais estabelecimentos que comercializam bebidas que redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos. Aos consumidores, a orientação é para não adquirir substâncias sem rótulo, lacre de segurança e selo fiscal até segunda ordem.
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Em entrevista à IstoÉ, o ex-Secretário Nacional do Consumidor e ex-Presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, Arthur Rollo, afirmou que “todo tipo de estabelecimento oferece um risco ao consumidor” até que a situação seja regularizada.
“O consumidor não tem qualificação para identificar se os lacres ou selos de conformidade estão adulterados. Enquanto isso não estiver devidamente verificado, os consumidores não estão seguros, seja para comprar em um supermercado, adega, bar ou restaurante”, disse.
O gerente médico do Pronto Atendimento do Hospital Sírio-Libanês, Luis Penna, recomendou a interrupção no consumo de bebidas também para evitar o aumento no número de atendimentos hospitalares e internações. Segundo o médico, a agilidade na identificação e tratamento é fundamental para tratar a intoxicação.