Mats Hummels, que criticou no início do mês o técnico Joachim Low por tê-lo excluído da seleção alemã, afirmou que não guarda mágoa do treinador, em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo diário esportivo Sport Bild.

“Eu mesmo faço coisas que outros não pareciam, então não sou rancoroso se algumas pessoas tomam decisões que têm um efeito negativo em mim”, garantiu o zagueiro do Bayern de Munique, que deixa a seleção nacional aos 30 anos por decisão de Low.

O técnico viajou a Munique em 5 de março para comunicar pessoalmente a Hummels, mas também a Jerome Boateng e Thomas Muller, três peças-chave no título mundial de 2014, a decisão de não mais convocá-los para defender a Alemanha.

Em seguida, divulgou a notícia por meio de um comunicado, provocando criticas de torcedores alemães e dos jogadores afetados.

“Esta decisão é injusta para mim, levando em consideração tudo que fizemos e conquistamos”, lamentou na época Hummels nas redes sociais.

“Foi um golpe duro e não sabia muito bem o que estava acontecendo”, completou na quarta-feira.

“Provavelmente foi muito duro para o técnico tentar garantir que sairíamos do encontro dizendo ‘tá tudo bem, é ótimo’. Não havia uma maneira perfeita de receber essa notícia, é impossível”, explicou.

Muller, com 100 jogos pela Alemanha, tem apenas 29 anos. Hummels e Boateng (respectivamente 70 e 76 jogos) têm 30 anos, uma idade normalmente propícia para exercer liderança numa seleção.

Sem as estrelas do Bayern de Munique, a ‘nova’ Alemanha derrotou por 3 a 2 no domingo a Holanda, na estreia nas eliminatórias para a Eurocopa-2020.

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