Em todas as entrevistas que dá, o técnico Odair Hellmann ressalta a importância do grupo, especialmente em competições longas como o Campeonato Brasileiro. Neste momento no Fluminense, todos os setores contam com alguma disputa por posição. No meio, Hudson voltou ao time titular após um período fora em razão de uma lesão no tornozelo esquerdo, quando viu Yuri assumir a vaga e Dodi se consolidar ainda mais. O volante, porém, vê a concorrência como algo positivo.

– É uma disputa sadia e de suma importância para o Fluminense. Essas brigas por posições têm que haver, para que não haja um comodismo dos atletas. A disputa faz com que os atletas se empenhem mais, se dediquem mais, porque sabem que se não estiverem em alto nível outro companheiro ocupará seu lugar – disse, em entrevista coletiva no CT Carlos Castilho, admitindo ainda que sente dores da lesão, mas consegue jogar normalmente.

– Foi uma lesão que foi mais chata do que eu esperava. Ela estirou os ligamentos do tornozelo, mas graças a Deus não teve ruptura. A dor demorou a passar. Ainda sinto um pouquinho, mas uma dor que não me limita, que consigo atuar – afirmou o jogador.

No próximo domingo, o Fluminense terá mais um desafio pela frente. Às 20h30 encara o Sport, em Recife. Após a vitória por 1 a 0 contra o Atlético-GO, Odair indicou que pode mandar um time misto e poupar alguns atletas neste confronto por conta da sequência intensa que a equipe vem tendo. O Flu, vale lembrar, não teve uma semana completa de trabalho desde o início do Brasileirão.

– Tem jogadores que estão fazendo 10, 12 jogos em sequência. É muito difícil você manter o nível técnico e físico com uma sequência tão grande de jogos domingo e quarta. É desumano cobrar a melhor performance de um jogador em uma sequência tão grande assim. Talvez você segurar um atleta ou outro para que ele possa voltar melhor na partida seguinte é de suma importância – avaliou.

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– O Fluminense tem um elenco que talvez não seja o mais recheado do Brasil, mas que tem qualidades, com jogadores que já demonstraram que podem ajudar o clube. É importantíssimo contar com todos, oportunizar a todos, e todos jogarem com o “tanque cheio”. Vocês viram a intensidade que foi o jogo contra o Atlético-GO. Se você não tiver jogadores 100% fisicamente, o rendimento da equipe vai cair muito e você ficará mais longe das vitórias – completou.

ELOGIO A JOIAS

No jogo pela Copa do Brasil, Odair Hellmann utilizou cinco atletas formados pelo Fluminense em Xerém. Um deles foi o volante André, de 19 anos, que fez a estreia pela equipe profissional. Hudson foi só elogios para o jovem.

– O André eu, particularmente, vejo como um jogador praticamente pronto. Só vai precisar mesmo de minutos em campo para que possa amadurecer, o que só vem com o tempo. É um garoto que marca muito bem e que sabe o que fazer quando tem a bola. Mais uma cria de Xerém que em breve dará um retorno muito grande para o Fluminense – disse.

Outro que está em alta, mas já é titular absoluto, é o lateral-direito Calegari. Ele ascendeu após a venda de Gilberto e vem sendo bastante elogiado pelos companheiros e torcedores. Para o experiente volante de 32 anos, o jovem está com confiança, mas sempre tem algo a melhorar, inclusive com ele mesmo.

– O Calegari tem subido de produção a cada jogo, é impressionante. A confiança vai aumentado a cada jogo e a performance sobe em proporção igual. Um atleta com confiança é outro atleta. E o lado direito é um lado que, assim como o esquerdo, é muito forte, que precisa que tenha construção, alternativas de jogo. Tem crescido bastante muito pela alta performance do Calegari. Mas também temos alguns ajustes a fazer. Eu preciso melhorar meu ritmo de jogo, minha condição física. Estou um pouquinho longe do ideal. Espero que com o ritmo dos jogos e treinamentos consiga atingir isso o mais rápido possível.


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