Desde que entrou na lista negra que impede a realização de negócios com empresas americanas, em maio, a chinesa Huawei vê suas vendas despencarem. Seu fundador e presidente, Zen Zhengfei, divulgou um comunicado interno segunda-feira 19 alertando que a companhia se encontra num “momento de vida ou morte” e convocando os empregados a aumentar sua carga de trabalho e formar “esquadrões de comando” para desenvolver novos projetos. Quem não conseguir resultados, vai sofrer com cortes de salário trimestrais e inclusive com a demissão. A maior perda da Huawei é verificada no mercado de smartphones, no qual estava próxima de se tornar líder mundial. Ela estima que venderá 60 milhões de aparelhos a menos do que em 2018. Por conta da entrada na lista negra americana, a Huawei perdeu o direito de uso do sistema operacional Android, do Google, que dá acesso à loja de aplicativos Play Store. Isso tornou seus telefones indesejáveis fora da China e a obrigou a desenvolver nos últimos meses um sistema operacional próprio, o HarmonyOS.