A médica Ludhmila Hajjar, que recusou o convite do presidente Jair Bolsonaro para substituir Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde, disse nesta segunda-feira (15), em entrevista à GloboNews, que recebeu ameaças e tentativas de invasão no hotel em que estava, em Brasília.

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“Houve três tentativas de entrar no hotel. Pessoas que diziam que estavam com o número do quarto e que eu estava esperando-os. Diziam que eram pessoas que faziam parte da minha equipe médica. Se não fossem os seguranças do hotel, não sei o que seria”, disse Ludhmila.

A médica também disse que não houve “convergência técnica” com o governo e que o futuro do Brasil “é bastante sombrio”, com mais de 500 mil mortes.

Ludhmila disse que é necessário ter um protocolo de tratamento do Ministério da Saúde, como definir qual o melhor momento para entubar pacientes e o uso de medicamentos para aliviar os sintomas da Covid-19, como corticoides. A médica ainda desejou que o substituto de Pazuello “tenha autonomia” para conduzir o enfrentamento da doença.