Hospitalizado com pneumonia, papa está alerta e consegue comer, diz Vaticano

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Papa Francisco no Vaticano Foto: REUTERS/Ciro De Luca

Por Joshua McElwee

CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O papa Francisco, que está passando seu sexto dia no hospital para tratamento de uma infecção respiratória, está alerta e tomou café da manhã na quarta-feira, informou o Vaticano em atualização sobre a frágil saúde do pontífice.

Francisco está com pneumonia dupla, disse o Vaticano na terça-feira, complicando o tratamento do papa de 88 anos, que foi internado no hospital Gemelli de Roma em 14 de fevereiro.

A pneumonia dupla é uma infecção grave que pode inflamar e causar cicatrizes em ambos os pulmões, dificultando a respiração.

O Vaticano havia dito anteriormente que o papa tinha uma infecção polimicrobiana, que ocorre quando dois ou mais micro-organismos estão envolvidos, acrescentando que ele permaneceria no hospital pelo tempo necessário para lidar com uma “situação clínica complexa”.

Uma autoridade do Vaticano, que não quis ser identificada porque não está autorizada a falar sobre a condição do papa, disse nesta quarta-feira que Francisco não estava em um ventilador e que respira por conta própria.

A fonte declarou que o papa conseguiu sair da cama e sentar-se em uma poltrona em seu quarto de hospital, e continuou a trabalhar.

O Vaticano deve fornecer uma nova atualização sobre a condição do papa ainda nesta quarta-feira.

O papa tem sido atormentado por problemas de saúde nos últimos anos, incluindo crises regulares de gripe, dor no nervo ciático e uma hérnia abdominal que exigiu cirurgia em 2023. Quando jovem adulto, ele desenvolveu pleurisia e teve parte de um pulmão removido.

Todos os compromissos públicos do papa foram cancelados até domingo e ele não tem mais eventos oficiais no calendário publicado pelo Vaticano.

O Rev. Dr. Andrea Vicini, padre jesuíta e médico, disse que é notável que a declaração do Vaticano na terça-feira tenha se referido ao pontífice como tendo o início de uma pneumonia e não de uma broncopneumonia. Esta última indicaria uma infecção mais generalizada, segundo ele.

“Parece que a infecção é mais localizada e não se espalhou”, disse Vicini, professor do Boston College, acrescentando não ter detalhes sobre o caso do papa além das declarações públicas do Vaticano.

“Se eles identificaram o patógeno, como espero que tenham feito, eles terão uma terapia bem direcionada”, afirmou. “Estou otimista. Parece que eles estão controlando o que está acontecendo.”