Centenas de famílias palestinas se amontoavam, nesta terça-feira (17), em hospitais da Faixa de Gaza, procurando refúgio nesses estabelecimentos, já lotados, dos incessantes bombardeios do Exército israelense, confirmaram jornalistas da AFP.

Amira, de 44 anos, instalou-se com os filhos no pátio do hospital Nasser, em Khan Yunis, no sul do pequeno enclave palestino, para onde um milhão de habitantes foram deslocados desde que o Exército de Israel ordenou-lhes que abandonassem o norte.

“Faz uma semana que não tomamos banho, a morte seria mais misericordiosa”, disse, enquanto preparava sanduíches com o pouco pão que conseguiu recuperar.

“Se a água e o combustível não voltarem imediatamente a Gaza, seus habitantes estão em perigo iminente de morte, ou de epidemias”, afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Até agora, a única abertura para o mundo, da Faixa de Gaza, que não está nas mãos de Israel – a passagem de Rafah para o Egito – permanece fechada. Foi bombardeada pela quarta vez na noite de segunda-feira, e israelenses, egípcios e americanos não conseguem chegar a acordo sobre um mecanismo para levar ajuda, tirar os estrangeiros de Gaza e dar as garantias de segurança exigidas pelos egípcios e israelenses.

Embora Israel alegue ter restabelecido, parcialmente, o abastecimento de água, aporta apenas menos de 4% do consumo anterior à guerra.

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