Não será, mesmo assim, tranquilo o fechamento dos números para a elaboração do orçamento de 2020. A economia propiciada pela nova Previdência deve ser da ordem de R$ 12 bilhões a R$ 14 bilhões no próximo exercício. Valor que poderá ser completamente anulado ou consumido pelo pagamento dos precatórios (dívidas do poder público que o Judiciário manda honrar).

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, calcula que a quitação dos tais precatórios deve consumir justamente R$ 12 bilhões dos cofres do Executivo em 2020, deixando muita apertada a margem para um equilíbrio de gastos e receitas. Por lei, o orçamento do ano que vem deve ser enviado para análise do Legislativo até 31 de agosto.

Todos os anos a cúpula da Justiça tem de mandar para o Ministério da Economia a programação de execução dos precários já julgados com prazo de um ano. Dessa vez, o tamanho do montante surpreendeu as autoridades orçamentárias, segundo admite Mansueto.