Apontado pela Organização Mundial da Saúde como o país da “epidemia das cesáreas” (80% dos partos em hospitais particulares se dão por meio desse procedimento), o Brasil terá daqui para frente uma forte restrição a tal método de dar à luz. O Conselho Federal de Medicina proibiu o agendamento de cesarianas antes da 39ª semana de gravidez, com ressalvas a duas situações: gestação de risco e trabalho de parto antes da data esperada pelos médicos. Com essa medida, o CFM segue estudos científicos dos EUA e do Canadá que já demonstraram que na 39ª semana a cesárea traz menos riscos ao bebê e à mãe – assim, a determinação não fere em nada o direito legal de gestantes optarem pela cirurgia, dá-lhes maior segurança e não significa uma tentativa velada de indução ao parto natural. Conforme dados do IBGE, 1,1 milhão de mulheres optaram, entre 2012 e 2013, por agendar a cesárea com meses de antecedência. Trata-se, agora, de diminuir no País um índice que está alto demais se comparado a países desenvolvidos: 32% das crianças estão nascendo na 37ª ou 38 ª semana, em partos muitas vezes considerados prematuros.