15/07/2019 - 15:58
De volta ao Brasil após passar um período na Rússia gravando seu segundo CD e DVD internacional, o ator e cantor Daniel Boaventura se prepara para dar início à turnê 2019 no Tom Brasil, em São Paulo. Em entrevista à ISTOÉ, ele falou sobre a expectativa para as apresentações, a emoção de ter o trabalho reconhecido pelos russos e projetos para este ano.
Como foi a gravação do seu novo CD e DVD na Rússia?
Esta foi a minha primeira vez por lá. A diretoria da Filarmônica da Rússia soube do meu trabalho pesquisando na internet alguma música minha e decidiu, junto com o conselho, me convidar para duas récitas [apresentação em teatro]. Os músicos queriam ensaiar o meu repertório para cantar comigo como solista. E tudo isso me deixou muito feliz e honrado. Resolvi então conversar com a minha gravadora para registrar o evento. A partir daí fizemos a seleção do repertório mesclando algumas músicas novas e alguns clássicos. Todas essas versões foram feitas no Brasil por arranjadores locais que sempre trabalham comigo. Os russos ficaram impressionados e extremamente felizes com a qualidade dos arranjos brasileiros e também com a qualidade do nosso trabalho. Ensaiamos apenas dois dias, três horas cada, aproximadamente 20 músicas. E na hora da apresentação o teatro estava lindo, lotado, com quase duas mil pessoas. Foi emocionante!
O que deu para tirar de positivo de todo esse processo de gravação?
A possibilidade de trabalhar uma nova vertente, um novo campo, desvendar novas plateias. Soube que eles têm interesse em repetir a dose. Eu achei muito louco e especial cantar ‘New York, New York’ em Moscou e ver como eles gostam da música em inglês. Mas, é claro, eu também cantei músicas em francês, português, espanhol. Então, o que eu trago de positivo é perceber que eu fui bem recebido em outro país. Esse trabalho todo desenvolvido há tantos anos está sendo bem reproduzido e há uma troca cultural muito grande. Achei engraçado quando cantei ‘Fascinação’ pela primeira e comecei a reparar na expressão dos músicos russos tentando desvendar o idioma português e esse choque de cultura é ‘fascinante’. Outro país perceber a qualidade dos nossos profissionais é algo que me deixa muito feliz. Não só comigo, mas com todos a equipe que esteve comigo lá.
Qual a expectativa para a turnê 2019 que começa em São Paulo?
Este é o primeiro ano que vou me ausentar do Brasil por um mês em agosto para apresentar essa tour no México. Então estou muito curioso para sentir como será a nova turnê e como será a reação do público, já que é a nossa primeira apresentação após a gravação do DVD. Pela primeira vez o tour começará por São Paulo e não pela Bahia. Mas estamos guardando algo especial para Salvador, que é a minha cidade natal. Hoje em dia eu mesclo os repertórios trabalhando os CDs e DVDs do passado com os do presente. Há uma mescla de ideias e algumas coisas novas da própria Russa. Iremos trabalhar com alguns flashback e também alguns clássicos nacionais e internacionais. A cada novo projeto o repertório fica com uma mescla interessante. Estou bem estimulado e curioso para ver a reação do público.
Qual o grande clássico você mais gosta ou mais gostou de interpretar ao longo de sua carreira?
‘You Are The First, My Last, My Everything’, de Barry White, e New York, New York não podem faltar porque o público sempre pede. Seja em qual país estivermos. Gosto de ver o público saindo feliz e sorrindo dos meus shows e essas são algumas da músicas que causam isso. Gosto de cantar tudo, mas esses clássicos não podem faltar.
Além do musical, você tem planos para atuar em alguma novela neste ano?
Não. A parte musical consome meu tempo e eu fico muito tempo no teatro. Então não dá para aliar as agendas com a televisão. Seria impossível. Atualmente estou focado no projeto do DVD da turnê neste ano. Mas posso adiantar que para o segundo semestre estou trabalhando em um projeto de musical da Broadway, com coprodução minha, no qual abordaremos um ‘Guia para cavalheiros sobre amor e crime’ (comédia de humor negro).
