Hong Kong gastou reservas em moeda estrangeira pela primeira vez em três anos para defender sua duradoura paridade cambial, agindo para apoiar a moeda local ante a força do dólar. O banco central do território, a autoridade monetária de Hong Kong, informou nesta quinta-feira que atuou duas vezes para impedir que a moeda, o dólar de Hong Kong, operasse abaixo da margem mínima estabelecida em sua faixa, de 7,75 a 7,85 dólares de Hong Kong para US$ 1.

A autoridade monetária informou que vendeu dólares dos EUA para comprar 1,586 bilhão de dólares de Hong Kong, ou o equivalente a US$ 202 milhões, durante a hora de operação de Nova York, na quarta-feira. Mais tarde, disse que vendeu outros US$ 520 milhões durante o pregão em Hong Kong, nesta quinta-feira.

O dólar de Hong Kong é atrelado ao dos EUA desde 1983, o que ajudou o território a atingir o status de um dos grandes centros financeiros globais.

A autoridade monetária está pronta a vender dólares se a moeda local ficar muito fraca ou a comprá-los, caso o dólar de Hong Kong fique muito forte.

Nos últimos anos, alguns investidores e analistas têm questionado a durabilidade desse sistema, conforme Pequim reforça o controle sobre Hong Kong, tensões entre EUA e China emergem e a potência asiática busca impulsionar o uso internacional do yuan.

Autoridades locais, porém, têm reafirmado o compromisso com a paridade cambial. Para muitos participantes do mercado, o esquema é robusto e útil também para a China.