Por Jessie Pang e James Pomfret
HONG KONG (Reuters) – Jimmy Lai, magnata mídia de Hong Kong e crítico de Pequim atualmente preso, recebeu uma nova pena de 14 meses de prisão nesta sexta-feira por causa de seu papel em uma assembleia ilegal no dia 1º de outubro de 2019, ocasião de uma das manifestações pró-democracia daquele ano na cidade.
Neste mês, Lai –que já cumpre penas que chegam a 14 meses por participar de manifestações semelhantes em 18 e 31 de agosto de 2019– e nove outros ativistas se declararam culpados de organizar uma assembleia não-autorizada em um tribunal distrital.
Ele está preso desde dezembro, já que lhe negaram fiança em um julgamento separado de segurança nacional. Ele enfrenta três acusações nos termos de uma nova lei adotada pela China em 2020 em reação aos protestos, incluindo conluio com um país estrangeiro.
As vários prisões de Lai rendem críticas de governos e grupos internacionais de direitos humanos ocidentais, que expressaram preocupações com as minguantes liberdades nesse centro financeiro global, como as liberdades de expressão e de reunião.
Pequim o vê como um traidor e um instigador anti-China.
A China diz que a lei de segurança abrangente, que pune tudo o que o país considera subversão, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras até com prisão perpétua, foi vital para restaurar a estabilidade e a prosperidade.
A juíza Amanda Woodcock, que impôs a Lai a pena anterior por assembleia ilegal em abril, apresentou o veredicto nesta sexta-feira e disse que parte da nova pena será cumprida consecutivamente, o que significa que ele enfrenta um total de 20 meses de prisão até agora.