TEGUCIGALPA (Reuters) – Honduras, a maior exportadora de café da América Central, voltou a reduzir, agora em 8,3%, sua estimativa para os embarques do grão em 2020/21, devido a danos mais profundos do que os calculados inicialmente pela doença ferrugem nas lavouras, afirmou o chefe do Instituto Hondurenho de Café (Ihcafé), Napoleón Matute.

O dirigente explicou que a umidade causada pelas devastadoras inundações dos furacões Eta e Iota, no final do ano passado, estimulou a propagação da ferrugem, prejudicando os cultivos de café. Honduras é uma grande produtora da variedade arábica.

“Os mais de 25 dias de chuvas pelas tempestades Eta e Iota geraram um grau de umidade nas fazendas e estimularam a doença”, disse Matute em uma entrevista por telefone à Reuters nesta quarta-feira.

Agora, disse ele, o Ihcafé prevê exportações de 5,139 milhões de sacas de 60 kg na temporada, queda de 8,3% em relação à estimativa mais recente, divulgada em janeiro, que já contemplava uma redução de quase 11% frente à previsão inicial da colheita de setembro.

O novo prognóstico também contempla os impactos do contrabando de grãos para a Guatemala e, “em menor medida”, para a Nicarágua, embora dados sobre seu impacto na totalidade das exportações não tenham sido fornecidos.

O Eta e Iota atingiram com força a América Central, principalmente Honduras e Guatemala, com chuvas intensas que provocaram inundações e deslizamentos, prejudicando cultivos e infraestruturas das estradas.

(Reportagem de Gustavo Palencia)

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