Honduras, um país de trânsito para milhares de migrantes que viajam em direção aos Estados Unidos, instalou postos de vigilância epidemiológica contra a mpox, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, informaram as autoridades nesta terça-feira (20).

As estruturas foram instaladas em aeroportos, postos de fronteira e portos, embora o país não registre nenhum caso da doença, que tem aumentado em algumas nações africanas.

“Começamos um processo de prevenção e monitoramento” da mpox “para todos os passageiros nacionais e estrangeiros nos aeroportos do país”, anunciou à imprensa local o diretor de Migração, Allan Alvarenga.

No dia 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox como uma emergência internacional de saúde pública, o seu nível mais alto de alerta.

Cerca de 15.000 migrantes africanos passaram por Honduras neste ano “de maneira irregular” com destino aos Estados Unidos, e “de maneira regular por certas delegações (aduaneiras) passaram cerca de 100 pessoas provenientes das áreas afetadas por esta doença”, acrescentou Alvarenga.

Por sua vez, o chefe de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Lorenzo Pavón, explicou que agora há “presença de pessoal de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos em saúde ambiental” nos “pontos de fronteira, tanto terrestres quanto aéreos e marítimos”.

Neste ano, foram detectados um total de 18.737 casos confirmados ou suspeitos de mpox na África, 1.200 deles em uma semana, afirmou a agência de saúde da União Africana no sábado.

A Suécia registrou na semana passada o primeiro caso fora da África.

A mpox é uma doença viral que se espalha de animais para humanos, mas também pode ser transmitida por contato físico próximo com uma pessoa infectada pelo vírus.

A doença causa febre, dores musculares e lesões na pele.

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