TEGUCIGALPA, 19 DEZ (ANSA) – O trabalho de recontagem especial de cédulas da eleição presidencial em Honduras teve início nesta sexta-feira (19), com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) revisando cerca de 2,8 mil contestações que apontam irregularidades no pleito, o que equivale a quase 500 mil votos.
A medida se deu após denúncias de fraude na apuração preliminar das urnas, que mostrava o candidato conservador e apoiado pelos Estados Unidos, Nasry Asfura, em primeiro lugar, com o representante de centro, Salvador Nasralla, em segundo.
A presidente do CNE, Ana Paola Hall, esclareceu que a recontagem dos votos da eleição realizada em 30 de novembro está sendo “supervisionada por observadores nacionais e internacionais, com representantes de todos os partidos presentes”.
A apuração das cédulas, suspensa por vários dias devido a tensões políticas, foi retomada depois que uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) considerou infundadas as alegações de fraude.
O processo de recontagem deve ser concluído até 30 de dezembro, prazo limite para que o CNE declare oficialmente o vencedor.
A atual presidente hondurenha, a esquerdista Xiomara Castro, garantiu que reconhecerá o resultado anunciado pela autoridade eleitoral e que a transição de poder, marcada para 27 de janeiro de 2026, será pacífica.
De acordo com os resultados preliminares, Asfura recebeu 40,53% dos votos, contra 39,16% de Nasralla. Em terceiro lugar estava a representante apoiada por Castro, Rixi Moncada, com 19,32%. (ANSA).