O governo hondurenho apresentou, nesta sexta-feira (3), mais de 12 mil armas, entre ela fuzis de assalto, apreendidas em operações policiais sob um estado de exceção vigente no país desde dezembro de 2022.

Desde então, “foram apreendidas 12.183 armas de fogo de diversos calibres”, disse o ministro da Segurança, Gustavo Sánchez, ao apresentar o arsenal à imprensa.

Entre as armas, há lança-granadas, fuzis de assalto AK-47, rifles AR-15, escopetas, pistolas de diversos calibres e explosivos.

Essas armas “foram retiradas de circulação por atos delinquentes e criminosos”, em um país onde o crime é “tão complexo que temos um ex-presidente [Juan Orlando Hernández] aguardando uma sentença de prisão perpétua nos Estados Unidos”, declarou.

Hernández, que, segundo promotores federais dos EUA, criou um “narcoestado” durante seu mandato (2014-2022), foi condenado pelos crimes de conspiração para traficar drogas e armas e posse de armas, após um longo julgamento em um tribunal de Nova York. Ele será sentenciado em 26 de junho.

Sanchez informou que muitas das armas apreendidas são remanescentes das guerras civis centro-americanas da década de 1980.

“Em algum momento [mais recentemente], as armas foram trocadas por drogas”, disse o ministro.

A presidente Xiomara Castro decretou estado de emergência em 6 de dezembro de 2022 para combater a extorsão e outros crimes. A medida originalmente deveria durar 45 dias, mas foi prorrogada, agora até 19 de maio.

O dispositivo, que autoriza a polícia a efetuar prisões sem mandados, assemelha-se a uma decretada pelo presidente de El Salvador, Nayib Bukele, mas menos suspeitos foram detidos em Honduras.

A polícia disse recentemente que o estado de emergência levou à “prisão de mais de 600 membros de estruturas criminosas”.

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