Às 22h34 desta terça-feira (14), hora do atentado cometido em 14 de julho de 2016 em Nice, no sudeste da França, 86 fachos de luz iluminaram o céu sobre o Passeio dos Ingleses, em homenagens ao mesmo número de vítimas.

Em uma cidade marcada pelo ataque que, segundo o fundo de garantia das vítimas, também deixou 267 feridos e 1.627 pessoas traumatizadas, dezenas de habitantes se reuniram na avenida, enquanto um alto-falante tocava música e os 86 fachos de luz formavam uma abóboda no céu.

Há quatro anos, o tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, ao volante de um caminhão, matou 86 pessoas antes de ser abatido pela polícia francesa.

Alguns familiares das vítimas se sentaram em um palco à frente do Passeio dos Ingleses, separados do público por uma barreira. Entre eles estava o escritor Thierry Vimal, que perdeu a filha Amie, de 12 anos, no atentado.

“Me emociona que as pessoas tenham vindo, mas sempre há uma barreira entre eles e nós, e nós estamos do lado ruim da barreira”, declarou, em referência à perda da filha.

Em junho, a procuradoria antiterrorista francesa pediu para que nove pessoas envolvidas com o autor do atentado, em particular por fornecimento de armas, sejam julgadas em um tribunal penal. O processo de investigação do atentado vem atrasando o andamento do caso.

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Esta investigação está centrada em analisar o dispositivo de segurança colocado em prática na noite do atentado para proteger as 30.000 pessoas que foram assistir aos fogos de artifícios no Passeio dos Ingleses para o 14 de julho, dia nacional da França.


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