Samuel Carlos da Silva Batista, de 31 anos, fingia fazer parte da Polícia Militar do Distrito Federal e da Polícia Militar de Goiás para atrair mulheres que conhecia por meio de aplicativos de relacionamento ou por intermédio de amigos em comum. Para conseguir a confiança delas, ele preparava surpresas e fazia declarações de amor. Inclusive, usava cuecas estampadas com as fotos das moças. Depois, ele afirmava que estava com a conta bancária bloqueada e pedia dinheiro emprestado. As informações são do Metrópoles.

Em um vídeo, gravado por uma namorada, Samuel brinca em uma mesa de bar e exibe a roupa íntima estampada com o rosto da mulher.

O Metrópole apurou que o falso policial tinha um modus operandi. Ele procurava se envolver com mulheres jovens, resolvidas financeiramente e que buscavam por relacionamento sério.

Uma das vítimas, que atua como empresária em Ceilândia (DF), afirmou ao portal que se relacionou com Samuel durante dois anos. Em um momento do namoro, ele desapareceu durante dias. Quando retornou, disse que estava participando da caçada ao serial killer Lázaro Barbosa, que ocorreu no Entorno do Distrito Federal e durou 20 dias. “Ele é tão picareta que chegava ao ponto de voltar para casa e tomar remédio para carrapato, além de entregar a farda toda suja e cheia de carrapicho pedindo para que eu lavasse”, desabafou ela.

No decorrer do relacionamento, Samuel falou para a empresária que as suas contas bancárias tinham sido bloqueadas e, por isso, precisava de dinheiro emprestado. “Ele ganhava a confiança, era carinhoso, amoroso, e fazia todas as vontades. Depois de algum tempo, começava a pedir R$ 2 mil, R$ 3 mil, e até carros.”

Segundo ela, o seu prejuízo total foi de R$ 26 mil. Após descobrir o golpe, a mulher soube que não foi a única enganada por Samuel. “Amigos há mais de oito anos acreditavam, de fato, que ele era policial. Ele não enganava apenas as namoradas, iludia a todos”, disse ela.

Quatro ocorrências

Depois que uma vítima registrou uma notícia-crime contra Samuel pelo prejuízo financeiro de R$ 90 mil, as autoridades do Distrito Federal constaram pelo menos outras ocorrência contra ele.

Inclusive, uma das mulheres pediu à Justiça uma medida protetiva contra ele.

O caso continua sendo investigado pela polícia.