A despeito do caso fatídico inédito na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira (13) à noite, a maior preocupação do presidente Lula da Silva e autoridades policiais é com a notícia que se espalhou pelos e-mails e telefones do corpo diplomático de mais de 30 países sobre um suposto “homem-bomba” que se explodiu em frente ao Palácio do Planalto.

A notícia se espalhou rapidamente ontem pelos departamentos de segurança das embaixadas em Brasília e deixou em alerta diplomatas e chefes de delegações que vão para o Rio de Janeiro participar do G20, porque toda a prioridade da Polícia Federal nestas semanas é para a segurança dos presidentes de outros países, como Emmanuel Macron (França), Joseph Biden (EUA) e Xi Jinping (China), que desembarcam a partir do domingo no Brasil.

A informação que se tem passado para acalmar os diplomatas – e seus chefes, claro – é de que foi um ato isolado, de um suposto demente, e que não houve bombas, e sim fogos de artifícios e rojões dentro do veículo e amarrados ao corpo de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que cometeu o ato.

Mesmo assim, o nível de alerta de todas as delegações aumentou. Atentados e protestos são as maiores preocupações dos chefes de Estado. Como a Coluna já publicou há dias, Xi Jinping, por exemplo, exigiu do Governo do Brasil uma segurança máxima por sua passagem, em memorando enviado ao Itamaraty. O caso fez o presidente Lula da Silva a se reunir de emergência ontem à noite com o diretor-geral da PF, Delegado Andrei Rodrigues.