O homem preso pela polícia após atropelar e arrastar Taynara Souza Santos, de 31 anos, por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, na zona norte de São Paulo, tentou tomar a arma de um policial civil quando foi abordado em um hotel, na Vila Prudente, zona leste, na noite de domingo, 30.
Ele entrou em luta corporal com o agente e só foi contido depois de ser baleado no braço, conforme o boletim de ocorrência registrado sobre o caso. A Polícia Civil suspeita que Douglas Alves da Silva, de 21 anos, pretendia fugir para o Ceará. Ele é investigado por feminicídio ao atropelar a namorada – ela teve as pernas amputadas após a violência e seu estado de saúde é grave.
A reportagem tenta contado com a defesa do suspeito. Segundo a família de Taynara, os dois tiveram um relacionamento e ele estava com ciúmes.
Os policiais civis da Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 4ª Seccional identificaram o veículo usado no crime por meio de câmeras e informações de testemunhas. O carro foi rastreado e localizado na região da Vila Prudente.
O veículo estava em um hotel e as equipes se dirigiram ao local. Durante a abordagem, segundo a Secretaria da Segurança Pública, o suspeito resistiu e avançou contra um dos agentes, o que exigiu intervenção policial. Ele tentou tomar a arma do investigador e os dois entraram em luta corporal. Douglas foi atingido por um tiro no braço e acabou contido.
Ele foi encaminhado ao Hospital Estadual Vila Alpina, onde recebeu atendimento médico. Em seguida, ele foi levado à delegacia e permaneceu à disposição da Justiça. O policial também sofreu um ferimento na mão. O caso foi registrado como captura de procurado, resistência e lesão corporal na 4ª Delegacia Seccional – Norte.
A reportagem apurou que Silva já tinha antecedente criminal por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele foi indiciado pelo crime em 2023 e ainda responde pelo caso. Testemunhas já ouvidas pela polícia também relataram que o rapaz já se envolveu em outras brigas e confusões no bairro.
Conforme o advogado Wilson Zaska, que acompanha o caso a pedido da família de TAynara, a briga que teria motivado a ação do suspeito foi devido ao ciúme dele em relação à namorada. A vítima é mãe de um casal de filhos de 7 e 12 anos, respectivamente.