Policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam em flagrante, na madrugada de ontem, o suspeito do espancamento que causou a morte de um homem de 39 anos na madrugada de domingo, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.

“O indiciado estava com o punho lesionado devido às agressões. Ele foi localizado em Francisco Morato (cidade da Grande SP) e confessou o crime”, disse a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). O suspeito tem 22 anos e disse ser estudante.

A vítima foi identificada como Zenildo Pereira da Silva, de 39 anos, que não tinha profissão declarada. O espancamento ocorreu na Rua Piracuama, quase na esquina com a Rua Apiacás. O motivo teria sido um desentendimento durante um jogo de cartas em um posto de combustível, localizado próximo dali, na Avenida Professor Alfonso Bovero.

“Ele (Zenildo) estava na companhia de outras duas amigas e, pela versão delas, eles jogavam cartas ali nesse posto com outras pessoas”, disse ao Estadão a delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP. Segundo ela, houve uma discussão entre Zenildo e outros dois homens que estavam por lá.

‘COISA FÚTIL’

Segundo Ivalda, as apurações apontam que não havia desavença prévia entre os envolvidos. “Foi por conta de jogo de cartas, uma coisa totalmente fútil”, disse a delegada. Testemunhas relataram que Zenildo estava saindo do posto com duas amigas quando passou a ser seguido pelos dois homens com quem havia se desentendido. Conforme o boletim de ocorrência, um deles partiu para cima de Zenildo quando ele já estava na Rua Piracuama e desferiu socos e pontapés contra a vítima – o outro homem não teria participado das agressões.

“Segundo testemunhas, o autor continuou a agredi-lo na altura da cabeça e do pescoço, dando socos e mais socos. Tanto que a mão dele (o responsável pelas agressões), está machucada”, disse Ivalda. Zenildo Pereira da Silva morreu no local na madrugada de domingo.

Após ouvir testemunhas, policiais do DHPP localizaram o endereço do agressor em Francisco Morato e fizeram campana na frente da casa dele até prendê-lo. “Ele não esboçou nenhuma reação na voz de prisão que foi dada, disse que realmente agrediu (o Zenildo), mas que não era para morrer”, disse Ivalda. O suspeito foi levado ao DHPP, no centro da capital, onde a prisão foi formalizada, e permanece à disposição da Justiça.