Soldador de 35 anos fica mais de um mês preso no lugar de homônimo em Mato Grosso. A Justiça condenou um Diego Silva, mas a polícia prendeu outro. Para piorar a situação, o nome da mãe de ambos também é o mesmo. A apuração é do UOL.
Em entrevista, a defensora pública Corina Pissato, uma das responsáveis por reverter a prisão do Diego inocente, ela explicou que ele foi detido em 9 de abril, enquanto caçava e estava com a posse irregular de uma arma de fogo. “Ele não foi preso por ser o outro condenado, mas por posse ilegal de arma de fogo e somente depois disso é que houve a confusão”, justifica.
Após a prisão, Diego foi encaminhado para um presídio de Várzea Grande (MT). “Ele estava sem nenhum documento pessoal porque havia caído no rio e ele não tinha se preocupado em tirar novos”. “Na prisão, não foi coletada a digital do Diego e a única prova era o nome, que era o mesmo de outro preso”, conta a defensora.
Na audiência de custódia, feita um dia depois da prisão, o soldador explicou que não tinha nenhuma dívida com a Justiça, que morava em Goiás e só trabalhava em Mato Grosso, mas não adiantou. Daí, ele foi encaminhado para o presídio. Foi quando a Defensoria Pública se debruçou em cima do caso para solucioná-lo.
A defensora que encabeçou o caso conta que a defesa fez três entrevistas com Diego para ouvir os detalhes de sua história e coletar provas de que ele não era o homem condenado. A certidão de nascimento foi a principal prova, já que a data de nascimento dos homens é diferentes. “Confrontamos as impressões digitais e, assim, conseguimos provar que foi um erro”. Com as provas, a Defensoria encaminhou à Justiça um pedido de revogação da prisão, que foi concedido.