Várias pessoas foram tomadas como reféns neste sábado em um café de Ede, cidade na região central dos Países Baixos, informou a polícia, que destacou que não há indícios de possível “motivação terrorista”.

Pouco após o anúncio do sequestro, a polícia informou que três reféns foram liberados.

Imagens exibidas pelo canal público NOS mostraram três jovens saindo do edifício com as mãos para o alto.

Não foi possível determinar quantas pessoas foram tomadas como reféns, mas, segundo a imprensa local, no início do incidente eram entre quatro e cinco.

A polícia isolou a área próxima ao café e os moradores de quase 150 residências no perímetro do estabelecimento foram retirados da área.

As autoridades municipais anunciaram que fecharam o centro da cidade. Policiais e o esquadrão antibombas foram enviados para a região.

As autoridades pediram à população que evite o deslocamento para o centro da cidade. O trânsito também foi desviado.

“Vemos que há muitas perguntas sobre a motivação. No momento, não há indícios de motivação terrorista”, afirmou a polícia.

Nos últimos anos, alguns atentados foram registrados nos Países Baixos, mas não com a mesma intensidade de outros países europeus, como França ou Reino Unido. A polícia também impediu vários ataques.

Em 2019, um tiroteio em um bonde na cidade de Utrecht, que deixou quatro mortos, provocou uma grande comoção no país.

O autor do ataque, Gokmen Tanis, admitiu que agiu por motivos terroristas. O tiroteio paralisou a quarta maior cidade do país.

Também em 2019, a polícia neerlandesa indiciou duas pessoas, suspeitas extremismo, acusadas de planejar um atentado com homens-bomba e carros-bomba. As autoridades afirmaram que os acusados pretendiam executar o ataque no mesmo ano.

Um ano antes, um jovem afegão, identificado como “Jawed S.”, esfaqueou dois turistas americanos na estação central Amsterdã. Em uma audiência no tribunal, ele afirmou que pretendia “proteger o profeta Maomé”.

A agressão aconteceu um dia após o político neerlandês Geert Wilders, de extrema-direita, ter anunciado a desistência de organizar um concurso de caricaturas do profeta Maomé.

Naquela época, o porta-voz dos talibãs do Afeganistão, Zabihullah Mujahid, pediu aos muçulmanos que atacassem os militares neerlandeses devido à “ação hostil do país contra todos os muçulmanos”.

Em 2004, o diretor de cinema Theo van Gogh, abertamente hostil ao islã, foi esfaqueado e assassinado a tiros em Amsterdã por um homem vinculado a uma rede neerlandesa islamista.

ric/ach/jvb/es/fp

X