Neste sábado (01), a Polícia Civil de Goiás prendeu dois suspeitos pelo assassinato de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos de idade. O corpo do garoto foi encontrado na última segunda-feira (27) em um lamaçal em Goiânia.
Reginaldo Lima Santos, padrasto de Danilo, seria um dos suspeitos do crime. Reginaldo Lima Santos. Já o outro é Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, é um conhecido da família. Segundo o portal UOL que teve acesso as investigações, Hian confessou ter ajudado no crime, segundo informou a polícia.
Ainda de acordo com o UOL, os peritos que analisaram o corpo da criança observaram, de imediato, as características de assassinato, e o caso foi encaminhado para a Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), que criou uma força-tarefa para desvendar o ocorrido.
Em depoimento separado, no entanto, Hian Alves confessou ter ajudado Reginaldo e relatou como tudo teria ocorrido. Segundo o rapaz, ele foi procurado pelo padrasto de Danilo, que prometeu uma moto e um carro, caso ele auxiliasse no plano de morte do garoto.
O motivo que levou o padrasto a querer matar a criança, segundo Hian, seria o suposto mau comportamento de Danilo.
“O padrasto matou, porque estava insatisfeito com a convivência com a criança, não somente no lar, mas também no lugar onde trabalhavam mutuamente, numa (central de) reciclagem do bairro”, relatou o delegado titular da DIH, Rilmo Braga.
Outro delegado responsável direto pela investigação, Ernane Oliveira Cázer explicou, durante entrevista coletiva hoje à tarde, que existia um sentimento de aversão por parte de Reginaldo em relação aos enteados, filhos de outros relacionamentos da esposa. “Inclusive, ele chegou a comentar com Hian que queria tirar as crianças de dentro da casa”, afirmou.
Parte do depoimento de Hian foi divulgado pela Polícia Civil de Goiás. Nele, o rapaz conta que ajudou Reginaldo a arrastar o menino para dentro da mata, onde o corpo foi encontrado. “Só levei o menino lá para dentro e, de lá, ele machucou o menino. Eu ajudei a levar para a mata, depois fiquei só olhando de fora”, disse.
“A questão foi maldade mesmo, puramente com o objetivo de matar a criança. O Reginaldo não confessou, mas temos um arcabouço probatório muito forte em relação a ele. Desde o início da força-tarefa, vários depoimentos reforçaram a má conduta do Reginaldo”, conta o delegado Ernane.