A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira, 24, um homem acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), o alvo da PF é o ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, que já foi preso por atrapalhar as investigações do caso.

Além do mandado de prisão preventiva, a PF cumpre sete mandados de busca e apreensão, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A Operação Élpis é a primeira fase da investigação da Polícia Federal sobre o caso.

+ Confira linha do tempo da investigação

Nas redes sociais, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, comentou a operação da PF.

Caso Marielle Franco

O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completou cinco anos no dia 14 de março deste ano e segue até o momento sem resposta sobre o mandante do crime. Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle Franco, foi a única sobrevivente do atentado. Ela estava no carro quando a parlamentar e o motorista foram atingidos.

As investigações já levaram a prisão de dois executores: o policial militar reformado Ronnie Lessa, por ter atirado na vereadora, e do motorista, o ex-policial militar Elcio de Queiroz. Os motivos e os líderes do atentado permanecem desconhecidos.

Em fevereiro desse ano, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal (PF) abrisse um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades fluminenses.

Preso por obstruir investigações

Em junho de 2020, Maxwell Simões Correa foi preso acusado de obstruir as investigações sobre a execução de Marielle. Na época, ele foi alvo da Operação Submersus 2, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Corregedoria do Corpo de Bombeiros e Delegacia de Homicídios da Capital (DH).

A promotora do MPRJ Simone Sibilio, responsável pela investigação do caso, afirmou, em entrevista, que Correa foi proprietário do carro utilizado para ocultar um arsenal de armas de Ronnie Lessa, acusado de ser o executor da vereadora.

Ela afirmou que o carro investigado está em propriedade de Elaine Lessa, esposa de Ronnie, mas que ele tinha sido de Maxwell.

O titular da Delegacia de Homicídios, Daniel Rosa, explicou que o carro que pertenceu a Correa foi usado no transporte das armas de Ronnie Lessa. As investigações apontam que a ocultação das armas foi feita por Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa de Ronnie, Bruno Pereira Figueiredo, cunhado de Ronnie, José Marcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas. Eles foram condenados por destruição de provas em 2021.