A Justiça condenou na quarta-feira (16) a 11 anos e quatro meses de prisão o líder de uma quadrilha que invadiu uma mansão no Morumbi, na zona sul de São Paulo, em setembro de 2017, e que torturou com choques elétricos, água fervendo e golpes de espada um adovgado e três empregados dele. As informações são do colunista Josmar Jozino, do UOL.

Na dedisão da juíza Érica Aparecida Ribeiro Lopes e Navarro Rodrigues, da 22ª Vara Criminal da Capital, ela também estipula que João Vinicius Tavares de Oliveira pague o valor mínimo de R$ 2 milhões de indenização para reparação dos danos causados à vítima.

A defesa de João Vinicius argumentou nas alegações finais do processo que ele é inocente, não cometeu o crime, não foi reconhecido pelos empregados do advogado, que ele trabalha em uma funilaria e sempre teve endereço fixo.

Na época do crime, João Vinicius e mais sete assaltantes teriam tido a ajuda de um vigia, que era funcionário responsável pela segurança do bairro e foi condenado em março deste ano a oito anos de prisão por facilitar a entrada dos assaltantes na residência.

Os bandidos estavam armados de fuzis, revólveres e pistolas, e renderam o advogado, um empregado e duas arrumadeiras da mansão. O vigia se passou por vítima e foi amarrado junto com os empregados.

João Vinícius foi quem praticou as torturas físicas e psicológicas com o advogado. Entre os objetos do roubo estavam 13 relógios de luxo, joias, obras de arte, perfumes importados, roupas de grife, eletrodomésticos R$ 40 mil em espécie, além de outros valores em dólares, euros e libras esterlidas. À Polícia Civil, a vítima declarou que sofreu um prejuízo de R$ 6 milhões.