Homem atropelado em Copacabana era procurado por pedofilia

SÃO PAULO, 12 ABR (ANSA) – Um australiano que estava entre as 17 vítimas de um atropelamento em Copacabana, no início de 2018, era procurado pela polícia da Austrália havia mais de 20 anos por pedofilia e vivia no Brasil com uma identidade falsa.   

O acidente aconteceu no dia 18 de janeiro, quando um carro desgovernado invadiu o calçadão de Copacabana e atingiu diversas pessoas que estavam passando pelo local. Na ocasião, um bebê de oito meses acabou morrendo.   

As autoridades brasileiras notaram que um australiano chamado Daniel Marcos Philips, vítima do acidente, estava internado em coma no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro, e informaram a embaixada do país oceânico.   

No entanto, após nenhum registro do homem ter sido encontrado, foi confirmado que Philips, na verdade, era Christopher John Gott, de 63 anos, fugitivo procurado pela polícia australiana havia 22 anos por crimes de pedofilia.   

De acordo com o jornal “The Australian”, Gott trabalhou em seu país natal como professor de uma escola de ensino médio até 1994. No entanto, ele foi preso pela polícia após 17 denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes. O australiano foi condenado a seis anos de detenção e fugiu depois de ter tido liberdade condicional.   

Segundo a polícia do Território do Norte, onde Gott vivia, as autoridades estão trabalhando para tentar extraditar o fugitivo.   

Porém um funcionário do hospital onde está o australiano afirmou ser muito improvável que ele saia do coma devido à gravidade do seu estado de saúde. No Brasil há 20 anos, Gott trabalhava como professor de inglês freelancer e morava em Copacabana. (ANSA)