Um homem abriu fogo contra um grupo de judeus nesta quinta-feira (13), ferindo uma pessoa, na cidade israelense de Lod, palco de incidentes violentos nos últimos dias, segundo uma testemunha e a polícia.

Segundo uma testemunha contatada pela AFP, um grupo de judeus armados patrulhava um setor da cidade, localizada nos arredores de Tel Aviv, quando um homem abriu fogo com uma arma semiautomática e feriu uma pessoa na perna.

“Na cidade de Lod, um grupo de judeus foi baleado. Havia um ferido, a polícia está procurando suspeitos”, confirmou um porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld.

Dias atrás, o árabe-israelense Mussa Hassuna foi morto a tiros durante um confronto entre nacionalistas judeus e jovens árabes nesta cidade mista no centro de Israel.

Pelo menos uma sinagoga foi atacada e parcialmente destruída e vários carros foram incendiados, o que levou as autoridades a imporem um “estado de alerta” e um toque de recolher a partir das 20h locais.

O chefe da formação de extrema direita “Sionismo Religioso”, Bezalel Smotrich, garantiu que esteve presente nesta quinta-feira em Lod e acusou a polícia de “nada fazer”. O político solicitou a intervenção do exército para “evitar um banho de sangue”.

Horas antes, o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, ordenou reforços “maciços” em cidades israelenses mistas, onde judeus e árabes convivem.

A violência em cidades como Lod estourou após incidentes em Jerusalém Oriental entre palestinos que protestavam contra a expulsão de famílias de um bairro da cidade.

Esses incidentes se transformaram em distúrbios graves na Esplanada das Mesquitas, local sagrado para os muçulmanos em Jerusalém. Em seguida, o movimento islâmico Hamas disparou foguetes da Faixa de Gaza, desencadeando os piores incidentes militares na área desde a guerra de 2014.

Na quarta-feira, um árabe israelense de 33 anos foi atacado por militantes de extrema direita em Bat Yam, perto de Tel Aviv. O homem foi levado ao hospital com fraturas no rosto e nas costelas.