A Holanda interrompeu a exploração de gás natural neste domingo (1º) do campo de Groningen, a maior da Europa, devido aos abalos sísmicos que afetam moradores da região e que podem continuar, apesar do fim das operações.

As autoridades devem manter 11 unidades de extração ativas por mais um ano, caso o país registre um inverno muito rigoroso, devido às persistentes tensões geopolíticas.

A jazida era explorada desde 1963, mas há mais de 20 anos a população da região sofre com pequenos sismos provocados pela perfuração.

Os especialistas já advertiram aos moradores, que, apesar do encerramento das operações, os abalos devem prosseguir por vários anos.

A extração foi reduzida gradualmente, mas em 2022 as autoridades decidiram adiar o fechamento devido à incerteza sobre o abastecimento energético por causa da invasão russa à Ucrânia.

“Muitas pessoas nesta província sofrem de problemas psicológicos devido à extração de gás”, explicou à AFP Jan Wigboldus, presidente do Conselho de Gás de Groningen, associação local que defende os interesses da população afetada.

Nesta região, muitas casas foram restauradas ou reconstruídas incorporando normas antissísmicas.

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