O ex-goleiro Doni sofreu uma parada cardíaca quando atuava pelo Liverpool, em 2012. O problema aconteceu durante testes físicos logo depois do período de férias. O jogador, que teve passagens pela seleção brasileira, ficou desacordado por 25 segundos e depois disso tomou a decisão de pendurar as chuteiras. Ao Estado, ele relembrou do ocorrido e destacou a evolução da medicina nos dias de hoje.

Como foi a sua decisão de parar com o futebol?

Foi muito difícil, pois estava em um grande clube e com muitos anos ainda pela frente. Foi mentalmente muito difícil, principalmente no começo. Depois do exame no Liverpool, procurei médicos de confiança na Itália e no Brasil. Me pediram para fazer novos exames em seis meses. Mas decidi não arriscar mais.

Que conselhos daria para esses atletas que descobriram problemas cardíacos?

Diria que não tem só a vida de atleta, fora dela dá para ser feliz também, bem-sucedido e realizar sonhos. Hoje sou feliz pois realizei meus sonhos como atleta e hoje estou realizando outros como empresário.

Acha que aumentou o controle nos clubes?

Sem dúvidas, os controles são mais frequentes, lembro bem que foram detectar algo em mim no Santos. Mas antes passei pelo Botafogo e Corinthians por anos e nada se encontrou. Antigamente se tinha pouco controle.

Você ainda precisa ficar monitorando o coração?

Desde quando parei, tenho vida normal, mesmo tendo uma parada cardíaca, nunca me disseram que deveria ter algum cuidado, porque não encontraram nada que necessitasse de cuidado especial. Jogo minha bola. Hoje em dia virei artilheiro (risos). Não bato nem lateral para não pegar com a mão mais. Vou para academia, corro, faço de tudo.