O historiador russo Oleg Sokolov, que confessou ter assassinado e esquartejado sua ex-aluna, foi preso preventivamente nesta segunda-feira, enquanto cresciam os pedidos de uma investigação sobre seu suposto abuso de estudantes mulheres.

Sokolov, um importante especialista em Napoleão, foi retirado do rio Moika no sábado com uma mochila contendo os braços de uma mulher.

Um tribunal da cidade de São Petersburgo, no noroeste do país, decidiu nesta segunda-feira que ele deve ficar na prisão por dois meses antes do julgamento pelo assassinato de sua namorada de 24 anos e ex-aluna Anastasia Yeshchenko.

Sokolov, professor da prestigiada Universidade Estadual de São Petersburgo, confessou ter matado Yeshchenko e desmembrado seu corpo, e foi formalmente acusado na noite desta segunda-feira.

“Estou arrasado com o que aconteceu, me arrependo”, disse Sokolov no tribunal. Pálido e com a barba por fazer, o homem de 63 anos caiu em prantos e cobriu o rosto com as mãos.

Sokolov viveu com Yeshchenko nos últimos anos e o assassinato ocorreu na semana passada.

A polícia encontrou mais restos mortais de Yeshchenko no rio na segunda-feira, informou a agência de notícias Interfax.

No tribunal, Sokolov tentou culpar a vítima, dizendo ao juiz que “ela enlouqueceu quando eu mencionei meus filhos” de um casamento anterior e “me atacou com uma faca”.

Sokolov é autor de vários livros sobre o imperador francês Napoleão Bonaparte e liderou muitas vezes encenações históricas da guerra napoleônica na Rússia. Ele recebeu a Legião de Honra da França em 2003.

Ele e Yeshchenko foram coautores de várias obras e gostavam de usar roupas de época, com Sokolov se vestindo de Napoleão.

Ele supostamente atirou e matou ela durante uma discussão e depois serrou sua cabeça, braços e pernas.

Depois de se desfazer do cadáver, ele planejava cometer suicídio na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, um dos marcos mais famosos da antiga capital imperial, vestido como Napoleão.

mak-or-as-ma/spm/db/cc