Hilreli lança novo álbum e celebra liberdade, memória e movimento

'Dance Aqui' é um trabalho autoral do cantor e compositor mineiro

Marcella Calixto
Hilreli lança álbum 'Dance Aqui' Foto: Marcella Calixto

O cantor e compositor mineiro Hilreli lança nesta quinta-feira, 10 de julho, o álbum “Dance Aqui”, um trabalho autoral que mistura ritmo, afeto e uma urgente celebração da existência. Além do álbum nas plataformas, as canções contam com uma versão visual no YouTube. O projeto é um manifesto dançante e poético sobre liberdade, identidade, memória e prazer.

As canções do álbum, em sua maioria compostas pelo próprio Hilreli, nasceram de forma intuitiva, como cartas não respondidas, memórias que viraram melodias e encontros que floresceram em parcerias.

Em músicas como “Não posso, rebolando” e “Tagadah“, o artista mistura ironia, desejo e reflexão, criando um espaço onde o corpo pode ser voz e dança ao mesmo tempo.

Mais do que um álbum, “Dance Aqui” é um convite para se reconhecer no espelho e no outro. É um chamado para transformar dor em movimento e celebrar a vida em todas as suas contradições. “A gente merece existir por inteiro”, afirma Hilreli. “Com desejo, com dor, com amor, com festa, com voz”, complementa.

A proposta do álbum também denuncia a forma como a sociedade reduz o corpo humano a uma máquina produtiva, negando-lhe espaço para o lúdico, o desejo e a expressão criativa. “A vida é de brincar, e esse sistema criou sérias armadilhas pra gente esquecer disso”, defende o artista.

Um caldeirão afetivo e político como estilo musical

Musicalmente, “Dance Aqui” é um mosaico de estilos. Do pop eletrônico ao mangue beat, passando pelo carimbó, funk e o rock, o álbum é uma celebração da música pop brasileira em sua forma mais plural. Hilreli se inspira nas rádios populares, na TV aberta, na rua e nas experiências pessoais, criando um som que é ao mesmo tempo autobiográfico e coletivo.

“Escolhi esses estilos porque são os sons que embalaram minha infância, meus amores, minhas danças no quarto, minhas crises existenciais. Esse álbum é um caldeirão afetivo, sonoro e político”, diz Hilreli.

O álbum também se destaca pela colaboração com artistas que compartilham da mesma visão de mundo. Feats com nomes como Jovem Chagas, Martins, Daniel Arm e a Banda Calorosa são apenas algumas das presenças que ajudam a dar corpo e alma ao projeto. A produção musical é assinada por Nathan Itaborahy, com quem Hilreli dividiu a construção afetiva e criativa do álbum.

“Cada pessoa nesse projeto trouxe sua força, sua vivência e deixou um rastro lindo. Foi quase como montar uma banda de super-heróis sensíveis”, brinca o cantor.