Herdeiro do grupo Papaiz cria startup

Ensinar os brasileiros a montar objetos como uma luminária inteligente, do primeiro parafuso até o acender das luzes: essa é a ideia da startup Protto, que coloca nesta segunda-feira (25) seu primeiro produto no mercado. Trata-se da Alva, uma luminária que custa R$ 1 mil e chega aos consumidores em uma caixa toda desmontada, com um passo a passo para que o usuário aprenda não só a construir sua parte elétrica, eletrônica e coordenar as peças, mas também use o que descobriu para criar novos objetos ou personalizar aqueles que já tem em sua casa.

“A ideia é quebrar a barreira de que a tecnologia é para poucos”, afirma Gianpaolo Papaiz, fundador da startup. “O usuário vai ter que, por exemplo, montar o soquete da lâmpada conectando cobre e os cabos. Ali, ele vai aprender também a consertar um abajur que esteja quebrado em sua casa”, afirma o executivo, um claro seguidor da cultura “maker”.

Herdeiro do grupo Papaiz, fabricante de chaves e cadeados, Gianpaolo foi criado para assumir o negócio da família, mas não se identificava com a ideia. “Eu queria fazer curso de computação, mas a família me pressionou a seguir por administração”, conta. Passou por diversos estágios, processos de trainee e ocupações até fazer um curso de formação de empreendedores.

Criada no primeiro trimestre de 2018, a Protto envolveu um investimento de R$ 800 mil por parte de seu criador. A empresa ainda tem uma estrutura simples: opera em um galpão da família de Papaiz em Diadema, no ABC Paulista. Além de seu fundador, tem apenas mais um funcionário, que auxilia na montagem dos kits da Alva – as peças vêm de cinco parceiros diferentes da startup. Já a Papaiz, vale lembrar, já não está mais com a família que lhe dá o nome: em 2015, a empresa foi vendida para o grupo sueco Assa Abloy, por valores não revelados.

Para Gianpaolo, a Alva é apenas o início de um conceito. Outros objetos inteligentes devem ser lançados pela empresa, bem como uma plataforma de aprendizado para escolas de programação e cultura maker. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.