O herdeiro da gigante sul-coreana Samsung, Lee Jae-Yong, foi liberado nesta sexta-feira (13) após um longo interrogatório na investigação do gigantesco escândalo de corrupção na Coreia do Sul que culminou na destituição da presidente, Park Geun-Hye.

Os investigadores vão decidir no fim de semana se será solicitado à justiça o envio de uma ordem de prisão por corrupção e abuso de poder ao herdeiro do primeiro grande conglomerado do país, informou o porta-voz da equipe de investigação, Lee Kyu-Chul.

Lee Jae-Yong, vice-presidente da Samsung Electronics, foi interrogado durante 22 horas em relação a um pressuposto delito de suborno.

“O interrogatório foi muito extenso por haver muitas coisas a serem com ele verificadas, além de divergências” entre a versão dos feitos dos investigadores e a de Lee, complementou Lee Kyu-Chul.

Lee Kun-Hee, filho do presidente do grupo Samsung e neto do fundador, também é acusado de ter cometido perjúrio perante uma comissão de investigação parlamentar quanto ao escândalo que sacpde a Coreia do Sul, segundo investigadores especiais.

Esse caso de corrupção, que provocou uma crise política na Coreia do Sul, gira em torno da influência exercida por Choi Soon-Sil, de 40 anos e amiga da presidenta Park.

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A chamada “Rasputina sul-coreana” está sendo julgada atualmente por ter utilizado sua relação com Park para obter enormes quantidades de dinheiro para grandes conglomerados sul-coreanos, que, por sua vez, pagavam milhões de dólares a fundações privadas criadas por ela.

A Samsung, o maior grupo industrial do país, foi o mais generoso, doando 20 bilhões de wons (17 milhões de dólares) às fundações de Choi, seguidas da Hyundai, SK Group, LG Corporation e Lotte Co.

A empresa sul-coreana é suspeita também de ter financiado a formação equestre da filha de Choi na Alemanha.

Nas últimas semanas, os investigadores interrogaram em várias ocasiões os dirigentes da Samsung e levaram em conta registros nos locais em que a companhia atua.

Eles também podiam pedir a prisão de outros três dirigentes da Samgung, ressaltou o porta-voz.

Mais de dez pessoas foram detidas pelo caso, dentre elas Choi e sua sobrinha, os ex-ministros da Cultura e de Assuntos Sociais, um ex-diretor do gabinete presidencial e um professor universitário.


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