O programa “Linha Direta”, da TV Globo, não poderá exibir, na quinta-feira (18), por determinação da Justiça, o Caso Henry Borel, do qual o ex-vereador do Rio de Janeiro, Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, é acusado de matar o enteado. A atração relembraria a história da morte do menino, ocorrida em 2021.

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Segundo informações da colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, a defesa de Jairinho conseguiu uma liminar para impedir a exibição do programa policial sobre o caso.

Kogut ainda informou que a juíza Elizabeth Machado Louro alega que “o processo ainda pende de julgamento e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados”. Em outro trecho, diz que “o réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores”.

O caso não está em segredo de Justiça e as audiências são transmitidas ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Rio, pela internet. O julgamento a que a juíza se refere não tem data para ocorrer. O “Linha Direta” ouviu todos os advogados envolvidos, inclusive Cláudio Dalledone, de Dr.Jairinho, e o promotor Fábio Vieira.

Ainda de acordo com a colunista, a Globo alega, através de sua assessoria, que “não comenta questões em discussão na Justiça”.

O caso

A IstoÉ Gente relembra abaixo o caso que chocou o país. Confira!

Em 8 de março de 2021, o menino Henry Borel, de 4 anos de idade, morreu após dar entrada em um hospital na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Na ocasião, a criança estava no apartamento em que sua mãe, Monique Medeiros, morava com seu padrasto, o ex-vereador Dr. Jairinho. Segundo o casal disse em depoimento, Henry teria sofrido um acidente doméstico que gerou o caso de hemorragia e as lesões que levaram à sua morte.

Após investigação, ficou comprovado que a causa do falecimento de menino ocorreu por conta de uma hemorragia interna com laceração hepática no fígado em decorrência de uma ação empregada por força violenta.

Diante do exposto pelos laudos, Monique e Jairinho , foram considerados como sendo os responsáveis pela morte de Henry e seguem em processo de julgamento. Acredita-se que a criança seja vítima de agressões realizadas pelo padrasto e encobertas pela mãe. O ex-vereador  responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado com aumento de pena uma vez que a vítima é menor de 14 anos, e por tortura.

Já Monique Medeiros, responde por homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, com agravante pela vítima ser menor de 14 anos; tortura omissiva; falsidade ideológica e coação de testemunha.