O Hellas Verona e sua torcida receberam punições após injúrias raciais proferidas durante a partida contra o Napoli no último domingo, pelo Campeonato Italiano. Para o próximo confronto em casa, o setor do estádio onde se concentram os “ultras”, torcida organizada do clube, permanecerá vazio.

Durante a derrota do Verona por 2 a 1, diversos cânticos racistas foram dirigidos para Kalidou Koulibaly e Victor Osimhen, atletas da equipe do Sul da Itália. Além disso, cartazes e faixas com as coordenadas da cidade de Nápoles, e contendo símbolos da Rússia e da Ucrânia, foram colocados próximo ao estádio Bentegodi, casa do Verona, sugerindo um possível bombardeamento.

As bandeiras foram assinadas pela “Curva Sud”, setor do estádio no qual os “ultras” do Hellas Verona se encontram – e que não irá receber os torcedores no confronto contra o Genoa, no próximo dia 3.

O caso do último domingo não é novidade para a torcida do Verona, muito menos no Campeonato Italiano. Em 2019, o atacante Mario Balotelli ameaçou deixar o campo após sofrer injúrias raciais da torcida do Verona, enquanto atuava pelo Brescia. À época, o técnico da equipe, Ivan Juric, afirmou que “a Itália era muito racista”.

O juiz que arbitrou declarou que o caso seria imperdoável devido à “gravidade dos fatos” em questão, racistas e supremacistas. Antes da partida em que ocorrerá a punição, o Hellas Verona ainda enfrenta o Empoli no próximo domingo, 20, fora de casa.