SÃO PAULO, 22 MAI (ANSA) – O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou nesta sexta-feira (22) que uma eventual apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro “poderá ter consequências imprevisíveis”.   

Em comunicado, o general fez duras críticas contra a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, de enviar à Procuradoria-Geral da República (PGR) três notícias-crimes de parlamentares, incluindo uma para apreender o telefone do presidente. As notícias-crimes foram levadas ao Supremo pelos partidos de oposição PDT, PSB e PV e se referem à suposta interferência do presidente na Polícia Federal.   

As ações também pedem perícias nos celulares de Maurício Valeixo, exonerado da direção da PF por Bolsonaro, do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que renunciou por causa da mudança no comando da Polícia Federal, e da deputada bolsonarista Carla Zambelli, que trocou mensagens com o ex-juiz sobre o assunto.   

Na nota, Heleno reforça que a medida seria uma “afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e interferência inadmissível de outro Poder”. Além disso, ele fez um “alerta para as autoridades constituídas que é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”. (ANSA)