O japonês Daiki Hashimoto, de 19 anos, conquistou nesta quarta-feira (28) a medalha de ouro do individual geral na ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Tóquio e sucede ao compatriota Kohei Uchimura, vencedor dos Jogos de Londres-2012 e Rio-2016.

Hashimoto somou 88,465 pontos, após a passagem por seis aparelhos, ficando à frente do chinês Ruonteg Xiao (prata, 88,065 pontos) e do russo Nikita Nagornyy (bronze, 88,031).

“A medalha de ouro significa muito para mim. Todo o trabalho árduo que fiz nos últimos cinco anos valeu a pena. Em primeiro lugar e mais importante, quero dedicá-la aos meus pais, quero abraçá-los e agradecer a eles pelo apoio”, disse Hashimoto.

Foi a revanche do Japão depois de ter perdido o título por equipes, conquistado pelo Comitê Olímpico Russo (ROC).

O país-sede dos Jogos havia vivido um primeiro dia difícil na ginástica, devido à queda na barra fixa de Uchimura, que machucou o ombro, após ter decidido não defender o título na competição geral e se concentrar em seu aparelho preferido.

Hashimoto superou seus adversários na última rotação, na barra fixa, aproveitando o momento para completar um exercício quase perfeito.

Esperando sua pontuação com um largo sorriso e com a bandeira japonesa nos ombros, Hashimoto parecia convencido de que havia feito o que era necessário para conquistar o ouro.

Seus 14.933 pontos levaram-no a um total de 88.465, 0,4 à frente de Xiao.

Ambicioso, Hashimoto havia traçado seu objetivo antes mesmo dos Jogos: somar as medalhas de ouro da competição geral nas Olimpíadas de 2020, 2024 e 2028.

Já garantiu a primeira, a dez dias de seu aniversário de 20 anos. Ele emerge, assim, como o próximo grande nome da ginástica nos próximos anos. Seus companheiros de pódio são cinco e seis anos mais velhos.

No pavilhão Ariake, que horas antes viveu o anúncio da desistência de Simone Biles da competição geral a ser realizada nesta quinta-feira, Hashimoto foi coroado com a rainha da ginástica nas arquibancadas, presente para apoiar os integrantes da seleção americana.

Hashimoto assumiu a liderança na rotação inicial, no solo. Em seguida, recebeu uma nota decepcionante nas argolas e caiu no geral, com Xiao à frente e igualado pelo também chinês Sun Wei.

Depois de quatro rotações, os quatro primeiros tinham chances de levar o ouro. Hashimoto então brilhou no seu último aparelho, no qual obteve sua melhor nota. Na barra fixa, ele selou seu triunfo.

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