Stênio Garcia repercutiu ao mostrar os resultados de sua harmonização facial. Aos 91 anos, o ator se submeteu ao procedimento estético para conquistar uma aparência mais jovial, alegando incômodo com a flacidez na região. Nas redes sociais, o novo visual foi criticado por internautas, que o classificaram como artificial, e gerou dúvida sobre os limites da intervenção em idosos.

Dieick de Sá, biomédico especialista em aprimoramento estético, explica que é preciso tratar a flacidez tissular (a pele) e a flacidez muscular (parte interna) antes de “preencher os espaços” em peles mais maduras, a fim de evitar edema prolongado – além de favorecer resultados mais efetivos. “O melhor procedimento é associar o bioestimulador de colágeno, junto com tecnologias como o ultrassom microfocado, com laser Fotona ou Morpheus. Será o melhor efeito para poder rejuvenescer sem ficar com esse aspecto de inchaço”, informa.

Portanto, a realização de procedimentos estéticos em idosos requer atenção especial. “Para as pessoas mais jovens é muito simples, porque a gente simplesmente coloca o ácido hialurônico e preenche aquele espaço que estava faltando. […] Podemos também fazer um contorno de mandíbula bem projetado porque a pele está firme, fazer um lábio e empinar o nariz. O nariz é uma região que nunca para de crescer e os mais velhos ficam com um nariz mais projetado. Então, para pessoas mais maduras, o preconizado é cuidar da flacidez, firmeza, textura e qualidade da pele para depois preencher, assim conseguimos um aspecto mais natural”, detalha Dieick.

O profissional alerta sobre os limites das intervenções estéticas em idosos. Como exemplo, ele cita a toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox, procedimento mais realizado no mundo. Ao contrário da crença comum, o uso não pode tratar rugas mais profundas, típicas de peles bem envelhecidas. Por isso, usar o mínimo da substância pode evitar o aspecto de rosto estático.

Para um rejuvenescimento efetivo, Dieick indica procedimentos que estimulam colágeno a longo prazo associados a tecnologias. “Também há os skinboosters, que hidratam aquele craquelado da pele, para depois colocarmos pequenos pontos de preenchimento, ou até mesmo nada. Aí, sim, a gente consegue rejuvenescer a pele mais envelhecida, sem dar efeito rebote ou efeito de edema excessivo”, conclui.