Na última terça-feira (04), a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) confirmou que Washington Nunes reassume o comando da seleção brasileira masculina da modalidade. Ele volta ao cargo após ter sido demitido em agosto passado. Na época, o Brasil ficou em terceiro no Pan de Lima e não se classificou para a Olimpíada através do torneio continental, que dava a vaga apenas ao campeão. Porém, neste retorno, Nunes terá mais uma chance de garantir a vaga verde e amarela nos Jogos do ano que vem. Será no pré-olímpico de março, na Noruega.

O torneio consistirá em um quadrangular que classificará duas equipes. O Brasil está no grupo com Chile, Coreia do Sul e a seleção anfitriã Noruega. Na teoria, vencendo o Chile e a Coreia, a equipe estará classificada.

“Não são jogos fáceis. Mas acreditamos ser possível. Chile e Coreia são adversários viáveis de serem vencidos. A Noruega já é um adversário bastante difícil. Fizemos um amistoso recente contra eles e perdemos por três gols. Porém, confio que temos muitas chances de classificação nessa chave”, disse Washington Nunes à Agência Brasil.

Apesar do fracasso na capital peruana no ano passado, foi com o comando do técnico recontratado que o Brasil conseguiu o melhor resultado da história em mundiais, o nono lugar, também em 2019.

“A Confederação me ligou perguntando se eu tinha interesse em voltar. Eles achavam que eu era o cara mais indicado para conduzir esse processo pelo conhecimento que tenho dos atletas e do modelo de jogo. O presidente Manoel Oliveira considerava que eu não deveria ter saído. Então, foi natural. Achei bom retornar. Reconheço que, por vários fatores, não fomos bem no Pan-americano. Mas confio que podemos voltar ao nível apresentado no mundial”, acrescentou Nunes, que na passagem anterior comandou a seleção durante os anos de 2017 e 2019.

“A derrota para o Chile, que tirou a chance do Brasil de ir à final no Pan de Lima e brigar pela vaga, foi inesperada, mas aconteceu e a gestão à época entendeu que ele, infelizmente, falhou e o tirou do cargo logo após os jogos. Não enxergamos assim. Realmente foi um resultado adverso, mas acreditamos muito na capacidade e competência do Washington. Estamos confiantes no trabalho dele e de toda a comissão técnica, e acreditamos muito no potencial dessa equipe trabalhando junta”, disse à Agência Brasil o presidente da CBHb, Manoel de Olivera.

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A agenda da seleção brasileira para os próximos meses está bastante agitada. Além da seletiva olímpica, entre 12 e 14 de março, o Brasil tem o Mundial do Egito, durante os dias 13 e 31 de janeiro. O sorteio das chaves do mundial será no dia 5 de setembro. A equipe nacional tem prevista duas fases de treinamento. A primeira acontece entre 2 e 8 novembro em Portugal. A segunda, que vai incluir também um torneio na Suíça, será durante os dias 26 de dezembro e 12 de janeiro.


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