O inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, venceu neste domingo, de ponta a ponta, o Grande Prêmio da Inglaterra, cruzando a linha de chegada com apenas três pneus, a poucos metros à frente do segundo colocado, o holandês Max Verstappen, da Red Bull.

O piloto da Mercedes chegou a sua 87ª vitória, a sétima no circuito de Silverstone, e agora está a quatro triunfos de empatar com o recorde do alemão Michael Schumacher.

Enquanto o seis vezes campeão mundial conseguiu se manter na primeira posição até o final a prova, depois de ficar com o pneu esquerdo destruído, seu companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, não teve a mesma sorte.

A duas voltas do fim, quando era o segundo colocado, um dos pneus da Mercedes do finlandês não resistiu ao desgaste e furou, e ele terminou a prova na 11ª posição, sem marcar pontos.

Com o problema no carro de Bottas, Charles Leclerc, da Ferrari, herdou o terceiro lugar inesperadamente, depois de correr quase toda prova no quarto lugar, enquanto seu companheiro de equipe, o alemão Sebastian Vettel, teve que se contentar com o ponto da décima posição.

“Foi uma corrida maluca – conseguimos o melhor resultado que podíamos ter hoje. O carro não atingiu o potencial, mas estamos felizes com o pódio”, disse Leclerc.

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Com o resultado deste domingo, Hamilton ampliou sua vantagem na liderança do Mundial da categoria, somando 88 pontos, 30 a mais que o vice-líder Bottas. Em terceiro lugar está Verstappen, com 56.

– Oportunidade perdida para Verstappen –

Antes da emocionante final, a corrida havia sido relativamente tranquila, com as duas Mercedes à frente dos rivais.

Mas a sucessão de pneus furados pelo desgaste na pista nas voltas finais mudou o roteiro em Silverstone. Carlos Sainz Jr. (McLaren) e Kimi Raikkonen (Alfa Romeo) também tiveram o mesmo problema que Hamilton e Bottas.

“Até a última volta, estava tudo bem. Mas quando soube que Valtteri havia furado, olhei para os pneus e tudo parecia estar bem, mas de repente furei. Tentei manter a velocidade sem quebrar o pneu”, disse Hamilton após conquistar a terceira vitória consecutiva nesta temporada.

“No calor do momento, a adrenalina subiu, mas o instinto de sobrevivência apareceu também”, explicou. “Temos que ver por que temos tido esses problemas com os pneus”, admitiu.

Verstappen certamente deixou o primeiro lugar do pódio escapar ao parar na penúltima volta para colocar pneus novos, o que pelo menos lhe permitiu conquistar um ponto extra por fazer a volta mais rápida da prova.

Mas essa parada custou ao holandês alguns segundos que provavelmente lhe permitiriam superar Hamilton antes da bandeirada final.

“Os pneus não estavam bons com 10 voltas para o fim. Parei para pneus novos em busca da melhor volta, mas o pneus do Lewis furou. Mas o segundo lugar é bom para nós e estou feliz com isso”, disse o jovem holandês.

O domingo foi feliz para a Renault, com o australiano Daniel Ricciardo chegando em quarto e o francês Esteban Ocon, em sexto.

O espanhol Carlos Sainz Jr, que começou em sétimo lugar e parecia capaz de terminar em quarto, acabou prejudicado pelo furo no pneu e completou a prova em 14º, fora da zona de pontuação. Mas o piloto foi reclassificado para 13º graças a uma penalidade de cinco segundos para o italiano Antonio Giovinazzi, que caiu de 12º para 14º.


– Hülkenberg, retorno frustrado –

Após ser selecionado às pressas para substituir o piloto mexicano Sergio Pérez, diagnosticado com COVID-19, o alemão Nico Hülkenberg não largou neste domingo, devido a um problema no carro da equipe Racing Point.

Uma falha no motor impediu que Hülkenberg fosse para o grid de largada, onde ocuparia a 13ª posição.

O alemão foi convocado na sexta-feira para substituir Pérez no circuito de Silverstone, após o mexicano ter testado positivo para o novo coronavírus.

Hülkenberg, de 32 anos, era piloto da Renault no ano passado, mas foi substituído pelo francês Esteban Ocon nesta temporada.

– Protesto contra racismo –

Os pilotos da Fórmula 1 participantes do Grande Prêmio da Inglaterra, voltaram a fazer neste domingo um gesto contra o racismo, antes do início da corrida.

Todos vestiam uma camisa com as palavras “End Racism” (“Fim do Racismo”), exceto Lewis Hamilton, o único piloto negro na Fórmula 1, que usava uma com o slogan “Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”) .

A Fórmula 1 segue com sua agenda frenética e no próximo final de semana Silverstone sediará uma nova etapa do Mundial, que marcará o 70º aniversário do primeiro Grande Prêmio.

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