02/02/2024 - 9:44
O mundo da Fórmula 1 foi sacudido por uma notícia bombástica na quinta-feira. Lewis Hamilton deixou a Mercedes para reforçar a Ferrari a partir da temporada 2025. A troca de equipes surpreendeu, mas não foi a primeira a chocar os fãs da F-1 nas últimas décadas. Outras lendas do automobilismo, como Michael Schumacher, Alain Prost e até o brasileiro Emerson Fittipaldi, já causaram surpresas em suas decisões na categoria.
Confira abaixo outras cinco trocas de equipe que sacudiram a F-1:
HAMILTON NA MERCEDES
O próprio Hamilton já havia protagonizado uma transferência surpreendente em 2013, justamente quando chegou à Mercedes. Na época, o inglês tinha um título mundial, conquistado em 2008, mas não conseguia avançar na McLaren. O time britânico o apoiava desde a infância, na época em que ainda pilotava no kart. Mesmo assim, Hamilton decidiu encerrar a longa parceria com a equipe.
A situação também surpreendeu porque a Mercedes havia ficado muito tempo sem equipe própria na F-1. E o retorno não estava sendo promissor, apesar da alta aposta do time dentro e fora das pistas. No comando, a equipe havia contratado Ross Brawn, uma das cabeças por trás do sucesso da Ferrari na década de 90 e o líder da modesta equipe Brawn GP, que surpreendeu com o título do inglês Jenson Button em 2009.
Na época, Hamilton havia sido contratado pela Mercedes para substituir Michael Schumacher, que se aposentava pela segunda vez na Fórmula 1. Ali o inglês iniciaria forte domínio na categoria, com seis títulos, alcançando o heptacampeonato em 2020.
SCHUMACHER NA MERCEDES
A própria chegada de Schumacher na Mercedes foi uma bomba na F-1. Em 2010, o alemão tomou a decisão de voltar para a categoria por convite de Brawn e da equipe, que pretendia fazer um retorno bombástico ao campeonato. A empresa alemã não disputava a F-1 como time desde 1955. E apostava numa dupla da Alemanha para brilhar, com Nico Rosberg acompanhando Schumacher.
O dono de sete títulos mundiais estava afastado da F-1 desde o fim de 2006, quando deixou a Ferrari e se despediu da categoria. E o seu retorno foi cercado de muita expectativa, que acabou sendo frustrada. Em três temporadas pela Mercedes, Schumacher não obteve nenhuma vitória. Subiu ao pódio apenas uma vez e se aposentou da F-1 de forma definitiva no fim de 2012.
FITTIPALDI NA COPERSUCAR
O piloto brasileiro deixou incrédulos rivais e chefes de equipe ao decidir trocar a McLaren, então em grande fase, para defender a estreante Copersucar, única equipe brasileira a integrar o grid da F-1, no fim de 1975. Na temporada anterior, ele havia sido o campeão mundial pela equipe britânica.
Fittipaldi estava no auge de sua carreira naquela época. Vinha de um vice-campeonato mundial em 1975, de um título em 1974, de outro vice em 1973 e do seu primeiro troféu, em 1972. Para a temporada 1976, a expectativa era alta para a McLaren, que tinha a lenda Niki Lauda e a expectativa de contar com o brasileiro, que acabou fazendo o time mudar de planos com sua troca para a Copersucar.
PROST NA FERRARI
Apesar da saída de Fittipaldi, a McLaren continuou protagonista na década de 80. E, naquela época, Alain Prost era um dos nomes de peso no time. Porém, após seis temporadas e três títulos mundiais, o piloto francês surpreendeu e trocou o time britânico pela Ferrari.
A saída tinha como pano de fundo uma profunda rivalidade com Ayrton Senna dentro da própria McLaren. Ao fim da temporada 1989, Prost bateu de propósito no brasileiro no GP do Japão e sacramentou o seu terceiro título mundial. A manobra polêmica, que tirou Senna da prova e da briga pelo campeonato, acabou com o clima do francês no time britânico.
VETTEL NA FERRARI
A Ferrari também foi protagonista de outra troca rumorosa no fim de 2014. O alemão Sebastian Vettel deixou a Red Bull para tentar realizar o sonho de repetir a história do compatriota Schumacher no time italiano. Na ocasião, substituiu o espanhol Fernando Alonso na equipe de Maranello.
A troca, que não rendeu mais títulos ao tetracampeão mundial, causou surpresa pela história de Vettel no grupo Red Bull. Foram oito temporadas no time, entre a Toro Rosso (time satélite da empresa austríaca) e a própria Red Bull, onde conquistou todos os seus títulos mundiais.