Em uma rara demonstração de unidade tão ausente durante as polêmicas anteriores, Lewis Hamilton e Nico Rosberg negaram nesta quarta-feira, às vésperas do GP de Mônaco, qualquer resquício de conflito entre eles após a batida na primeira volta da corrida anterior, na Espanha, há duas semanas.

O acidente provocou o abandono de ambos. E a chance perdida de pontuar custou bem mais caro a Hamilton, que após cinco provas está 43 pontos de Rosberg, o líder do Mundial de Pilotos, e caiu para a terceira colocação. “Nos falamos hoje, e não há problema”, disse Hamilton, nesta quarta-feira. “No passado teria havido um pouco de tensão, mas temos muito respeito um pelo outro”.

Hamilton e Rosberg cresceram juntos no automobilismo e se tornaram grandes amigos na adolescência. A amizade, porém, acabou sendo severamente testada nos últimos dois anos com a luta por títulos e vitórias na Fórmula 1.

Em 2014, o inglês se irritou com o alemão por entender que Rosberg o atrapalhou deliberadamente na luta pela pole position do GP de Mônaco. A polêmica aumentou três meses depois, na Bélgica, com o alemão furando um dos pneus do carro do inglês ao tentar ultrapassá-lo.

Desta vez, a declaração dos pilotos evitou que o clima esquentasse ainda mais entre eles. “É uma demonstração de crescimento de Nico e de mim”, afirmou. “Eu disse: ‘Eu tenho todo o respeito por você’ e ele disse o mesmo. Então, vamos apenas correr”.

O acidente entre eles irritou Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, que deu declarações públicas reclamando de ambos, o que talvez tenha levado ambos a evitar um confronto público. “É sempre bom discutir as coisas”, disse Hamilton. “É sempre bom, mas eu não sinto que não tínhamos, porque não há nenhum problema”.

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A batida na Espanha terminou com a série de sete vitórias de Rosberg, iniciada nas últimas três provas de 2015. Nesta quarta, ele defendeu que o assunto deve ser tratado “internamente”. “Estamos tentando manter um bom espírito”, acrescentou.

No entanto, como Hamilton, insistiu que não há nenhuma animosidade entre eles. “O que eu posso dizer é que, entre nós, é uma coisa do passado”, disse o alemão. “Vamos seguir em frente”.


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