Sorridente, Lewis Hamilton evitou falar diretamente sobre a possibilidade de trocar a Mercedes pela Ferrari, mas reconheceu neste sábado que se sente lisonjeado pelas declarações do chefe do time italiano.

Mattia Binotto descreveu Hamilton, na sexta-feira, como “um formidável piloto” e acrescentou que “saber que ele estará disponível em 2021 só faz nos sentirmos felizes.”

Hamilton é um dos vários pilotos, incluindo os dois atuais Ferrari, cujos contratos expirarão no final do próximo ano. A conjuntura, assim, alimenta especulações sobre significativa mudanças no grid da Fórmula 1.

“Eu acho que é o primeiro elogio que recebi da Ferrari em 13 anos. Obrigado, eu aceito”, disse Hamilton, rindo, respondendo aos elogios de Binotto. “Precisou passar todos esses anos para que eles me reconhecessem. Eu sou grato. Isso é positivo. Eu acho que nunca é uma perda de tempo ser grato com alguém.”

O britânico de 34 anos, que supostamente recebe um salário de US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 212 milhões) por temporada na Mercedes, precisou responder várias perguntas neste sábado sobre a possibilidade se transferir para a lendária equipe italiana.

“(A Ferrari é) Uma equipe que eu sempre apreciei. Ganhar o respeito deles é algo grande, não é uma coisa ruim “, disse Hamilton depois de conseguir a 88ª pole de sua carreira – número recorde na F1 – no GP de Abu Dabi. “Quem sabe como será o mercado piloto no próximo ano? Mas sendo muito honesto, não estou pensando nisso no momento.” Binotto também comentou que “é prematuro demais para uma decisão”.

Hamilton acrescentou que a Ferrari já tem “dois grandes pilotos”, o quatro vezes campeão Sebastian Vettel e Charles Leclerc, que com apenas 22 anos e visto como promissor.

Mas Vettel, que chegou em 2015, não conseguiu dar à Ferrari a sua primeira conquista desde que Kimi Raikkonen e a equipe foram campeões em 2007. Por outro lado, a Mercedes faturou seis títulos consecutivos de pilotos e construtores desde 2014, sendo cinco deles com Hamilton.