O Ministério da Saúde do Hamas informou neste sábado (2) que 11 pessoas morreram em um bombardeio israelense em um campo de refugiados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

O porta-voz do Ministério, Ashraf al Qudra, afirmou em um comunicado que “11 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas, incluindo crianças, como resultado dos ataques das forças de ocupação israelenses contra barracas de deslocados perto do Hospital Emirati” de Rafah. Um socorrista está entre os mortos.

O Exército israelense afirmou que realizou “um ataque de precisão” na área do hospital, contra o que chamou de terroristas do grupo Jihad Islâmica.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, publicou na rede social X (ex-Twitter) que o ataque foi “ultrajante e indescritível”. “Os trabalhadores da área de saúde e civis não são alvos e devem ser protegidos a todo momento”, acrescentou, pedindo a Israel um cessar-fogo.

Em imagens publicadas nas redes sociais, que a AFP não pôde verificar de forma independente, é possível ver corpos ensanguentados na rua em meio a uma multidão e grupos de socorristas tentando evacuar os feridos.

Um jornalista da AFP conseguiu reportar feridos sendo evacuados em macas. O morador de Rafah Belal Abu Jejleh relatou que “os vidros explodiram e começou um incêndio”.

Cerca de 1,5 milhão de palestinos vivem amontoados em Rafah, a maioria refugiados que fugiram dos combates no norte da Faixa de Gaza.

O conflito entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro, quando comandos do movimento islamista palestino mataram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados israelenses.

Como resposta, Israel lançou uma ofensiva para “aniquilar” seu rival, em uma campanha militar que deixou, até agora, 30.320 mortos em Gaza, principalmente mulheres e crianças, de acordo com o governo do Hamas.

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